Lisboaland


A Lisboaland, uma terra de ficção repleta de ofertas-pechisbeque, ameaça o futuro do turismo em Lisboa.


O eléctrico 24, que vai do Chiado até ao Rato, será reactivado depois de 20 anos congelado.

É uma óptima notícia, porque os eléctricos são um dos mais carismáticos transportes de Lisboa e porque isto ajuda à mobilidade urbana. Mas a parte triste é que será um veículo apenas para turistas, deixando de fora os lisboetas que queiram ou precisem de andar nele.

As empresas de transportes públicos têm como missão servir a comunidade. E pervertem-se quando a sua prioridade está em nichos de mercado que transcendem essa comunidade. Lisboa está a transformar-se num grande pólo turístico, com todas as oportunidades que isso gera. Mas é a iniciativa privada que as deve agarrar e responder à procura provocada pelo crescimento de turistas, deixando os transportes públicos concentrados na gestão de uma rede integrada e eficiente de autocarros, eléctricos e metro.

E esta euforia no sector turístico e até no imobiliário pode não ser sustentável. Todos conhecem a história do agricultor que, um ano, decidiu plantar cenouras na sua quinta e ganhou muito dinheiro com isso. No ano seguinte, e sabendo do seu sucesso, os vizinhos plantaram também cenouras e como, de repente, o mercado se encheu das mesmas, todos acabaram por perder dinheiro.

A cidade tem de saber cuidar de si, impedindo que se descaracterize por uma série de iniciativas avulsas e que introduzem elementos fora da sua história e tradições.

A Lisboaland, uma terra de ficção repleta de ofertas-pechisbeque, ameaça o futuro do turismo em Lisboa e destrói a sua herança cultural e arquitectónica.

Escreve à sexta-feira

Lisboaland


A Lisboaland, uma terra de ficção repleta de ofertas-pechisbeque, ameaça o futuro do turismo em Lisboa.


O eléctrico 24, que vai do Chiado até ao Rato, será reactivado depois de 20 anos congelado.

É uma óptima notícia, porque os eléctricos são um dos mais carismáticos transportes de Lisboa e porque isto ajuda à mobilidade urbana. Mas a parte triste é que será um veículo apenas para turistas, deixando de fora os lisboetas que queiram ou precisem de andar nele.

As empresas de transportes públicos têm como missão servir a comunidade. E pervertem-se quando a sua prioridade está em nichos de mercado que transcendem essa comunidade. Lisboa está a transformar-se num grande pólo turístico, com todas as oportunidades que isso gera. Mas é a iniciativa privada que as deve agarrar e responder à procura provocada pelo crescimento de turistas, deixando os transportes públicos concentrados na gestão de uma rede integrada e eficiente de autocarros, eléctricos e metro.

E esta euforia no sector turístico e até no imobiliário pode não ser sustentável. Todos conhecem a história do agricultor que, um ano, decidiu plantar cenouras na sua quinta e ganhou muito dinheiro com isso. No ano seguinte, e sabendo do seu sucesso, os vizinhos plantaram também cenouras e como, de repente, o mercado se encheu das mesmas, todos acabaram por perder dinheiro.

A cidade tem de saber cuidar de si, impedindo que se descaracterize por uma série de iniciativas avulsas e que introduzem elementos fora da sua história e tradições.

A Lisboaland, uma terra de ficção repleta de ofertas-pechisbeque, ameaça o futuro do turismo em Lisboa e destrói a sua herança cultural e arquitectónica.

Escreve à sexta-feira