Joseph Blatter foi reeleito presidente da FIFA e Luís Figo, que desistiu da corrida uma semana antes das eleições com a justificação de que o processo eleitoral era “tudo menos isso, uma eleição”, não perdeu a oportunidade para voltar à carga.
“Esta votação serviu apenas para caucionar a eleição de um homem que não pode manter-se à frente do futebol mundial”, escreveu esta sexta-feira o ex-internacional português no Facebook. “Não se pode liderar a FIFA fazendo tábua rasa das mais elementares regras de transparência, legalidade e democracia. Elas não estavam reunidas, como denunciei e se verificou”, justificou. .
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No mesmo post, Figo recorda o escândalo de corrupção e tráfico de influências que rebentou esta semana. “Ao contrário do que o Sr. Blatter disse, os acontecimentos da passada quarta-feira não mancham o futebol, mancham a FIFA e os responsáveis que conduziram a organização até aqui.” O futebol, prossegue, “não tem culpa de que os dirigentes do organismo máximo que o devia regular não tenham integridade nem carácter”.
Para o ex-futebolista português há apenas uma forma de encarar a situação: “Ou o Sr. Blatter sabia e foi conivente com os actos de corrupção e tráfico de influências” ou “se não sabia – como ele diz – não tem capacidade” para liderar a organização. Perante tudo isto, esta reeleição só mostra como a FIFA “está doente”.
“Hoje foi outro dia negro em Zurique. Perdeu a FIFA, mas acima de tudo perdeu o futebol e todos aqueles que verdadeiramente se preocupam com ele”, afirma Figo, num post publicado em português, inglês e castelhano, que termina reiterando continuar “disponível para ajudar a FIFA a reerguer-se de tudo isto”.
Esta votação serviu apenas para caucionar a eleição de um homem que não pode manter-se à frente do futebol mundial. Ao…
Posted by Luís Figo on Friday, 29 May 2015