Banco de Portugal – governador à Costa


O futuro governador terá de reforçar os seus meios de supervisão, que historicamente não se têm revelado eficazes, como demonstram estes dois casos.


Desde o longínquo ano de 2000 o PS tem indicado o nome do governador do Banco de Portugal.

Em 2010 é o mesmo Partido Socialista a indicar o nome do Dr. Carlos Costa, que assim obteve a confiança do governo do Eng. Sócrates.

Ora nos últimos tempos tem sido tema dominante a nomeação do futuro governador.

Perceber-se-ia que o PS, como maior partido da oposição, quisesse ser ouvido.

A agitação em que se envolve é maior.

Recorda a preocupação socialista com as nomeações, os lugares, os postos relevantes.

É assim enquanto governo, quer que seja assim enquanto oposição.

E, longe da teoria dos equilíbrios do sistema, pressupõe que, vindo a ser governo nas próximas eleições, lhe cabe o cargo. Em boa verdade deveria verificar-se o contrário, e desse modo o PS projectaria isenção e desapego. Não é este o seu caminho.

Um dos ingredientes com os quais alimenta a sua alternativa é a cruzada contra o Dr. Carlos Costa. Definitivamente o Dr. Costa não gosta do Dr. Costa. Estão de costas voltadas, agora.

Porquê, perguntar-se-á.

Será absurdo desviar o centro do debate quanto ao BES, fixá-lo na intervenção do supervisor e regulador.

Com isto consegue-se passar uma esponja sobre as responsabilidades do Dr. Ricardo Salgado e dos seus pares e imputá-las a quem actuou e foi desrespeitado em relação às ordens emitidas, foi verdadeiramente enganado.

Ontem mesmo o governo indicou o nome do Dr. Carlos Costa para um novo mandato à frente do Banco de Portugal. Mas uma coisa é certa, a nomeação passará por uma audição prévia a realizar na Assembleia da República de modo que todos os partidos com assento parlamentar possam aferir e avaliar a competência do indicado.

O próximo governador terá entre mãos o desfecho da venda do Novo Banco, os vários processos de contra-ordenação ao caso BES e o aumento da vigilância a toda a banca nacional para que não volte a haver BPN ou BES.

O futuro governador terá de reforçar os seus meios de supervisão, que historicamente não se têm revelado eficazes, como demonstram estes dois casos.

Este será o ponto-chave da futura audição do novo governador do Banco de Portugal.

Caberá ao Dr. Carlos Costa, porventura, apresentar no parlamento um conjunto de soluções e convicções profundas para que a supervisão seja no futuro plenamente eficaz.

Este mandato terá de ser marcado por esta nova linha, por esta importantíssima aposta.

O país pede tudo isto, e o futuro governador terá de dar tudo isto como garantia.

A Assembleia lá estará sempre para fazer o seu papel.

Hoje mesmo, os vários grupos parlamentares e o governo apresentam uma série de projectos de resolução e projectos de lei, fruto do trabalho e das conclusões da comissão de inquérito ao caso BES.

Será o pontapé de saída para a mudança reconhecida como necessária, que implicará um trabalho intenso do poder legislativo, aperfeiçoando e inovando as funções do regulador para evitar males maiores. 

Deputado do PSD
Escreve à sexta-feira

Banco de Portugal – governador à Costa


O futuro governador terá de reforçar os seus meios de supervisão, que historicamente não se têm revelado eficazes, como demonstram estes dois casos.


Desde o longínquo ano de 2000 o PS tem indicado o nome do governador do Banco de Portugal.

Em 2010 é o mesmo Partido Socialista a indicar o nome do Dr. Carlos Costa, que assim obteve a confiança do governo do Eng. Sócrates.

Ora nos últimos tempos tem sido tema dominante a nomeação do futuro governador.

Perceber-se-ia que o PS, como maior partido da oposição, quisesse ser ouvido.

A agitação em que se envolve é maior.

Recorda a preocupação socialista com as nomeações, os lugares, os postos relevantes.

É assim enquanto governo, quer que seja assim enquanto oposição.

E, longe da teoria dos equilíbrios do sistema, pressupõe que, vindo a ser governo nas próximas eleições, lhe cabe o cargo. Em boa verdade deveria verificar-se o contrário, e desse modo o PS projectaria isenção e desapego. Não é este o seu caminho.

Um dos ingredientes com os quais alimenta a sua alternativa é a cruzada contra o Dr. Carlos Costa. Definitivamente o Dr. Costa não gosta do Dr. Costa. Estão de costas voltadas, agora.

Porquê, perguntar-se-á.

Será absurdo desviar o centro do debate quanto ao BES, fixá-lo na intervenção do supervisor e regulador.

Com isto consegue-se passar uma esponja sobre as responsabilidades do Dr. Ricardo Salgado e dos seus pares e imputá-las a quem actuou e foi desrespeitado em relação às ordens emitidas, foi verdadeiramente enganado.

Ontem mesmo o governo indicou o nome do Dr. Carlos Costa para um novo mandato à frente do Banco de Portugal. Mas uma coisa é certa, a nomeação passará por uma audição prévia a realizar na Assembleia da República de modo que todos os partidos com assento parlamentar possam aferir e avaliar a competência do indicado.

O próximo governador terá entre mãos o desfecho da venda do Novo Banco, os vários processos de contra-ordenação ao caso BES e o aumento da vigilância a toda a banca nacional para que não volte a haver BPN ou BES.

O futuro governador terá de reforçar os seus meios de supervisão, que historicamente não se têm revelado eficazes, como demonstram estes dois casos.

Este será o ponto-chave da futura audição do novo governador do Banco de Portugal.

Caberá ao Dr. Carlos Costa, porventura, apresentar no parlamento um conjunto de soluções e convicções profundas para que a supervisão seja no futuro plenamente eficaz.

Este mandato terá de ser marcado por esta nova linha, por esta importantíssima aposta.

O país pede tudo isto, e o futuro governador terá de dar tudo isto como garantia.

A Assembleia lá estará sempre para fazer o seu papel.

Hoje mesmo, os vários grupos parlamentares e o governo apresentam uma série de projectos de resolução e projectos de lei, fruto do trabalho e das conclusões da comissão de inquérito ao caso BES.

Será o pontapé de saída para a mudança reconhecida como necessária, que implicará um trabalho intenso do poder legislativo, aperfeiçoando e inovando as funções do regulador para evitar males maiores. 

Deputado do PSD
Escreve à sexta-feira