A festa da Taça


No Domingo, é tempo de voltar a escrever a letras de ouro uma página de sucesso da história do clube e da cidade, corporizando o crescimento contínuo que o clube tem registado.


© Octavio Passos/Lusa

No próximo Domingo, a partir das 17 horas, o Estádio Nacional volta a ser palco de um dos momentos altos do desporto nacional, com o início da Final da Taça de Portugal em futebol.

Ainda que desvalorizada por alguns, a Taça de Portugal é uma das competições que recolhe maior simpatia da generalidade dos adeptos da modalidade.

Tudo começará porventura no seu carácter popular e na forma como propicia em cada etapa da competição o contacto entre os “grandes” e as diversas equipas dos escalões inferiores, levando o futebol de topo aos locais mais recônditos do País.

Por outro lado, pela natureza da mesma, há uma natural propensão para que os resultados sejam mais imprevisíveis e que a força de vontade e determinação de um dado colectivo possa superar os maiores recursos de um adversário mais poderoso no decurso dos 90 minutos de cada jogo.

Superadas as diferentes etapas, a presença no Estádio do Jamor é um marco em si mesmo, e um momento que reúne ingredientes únicos por toda a envolvência da partida.

Enquanto adepto, pude assistir nesse estádio a diversas finais ao longo dos últimos anos, da trágica final do very-light criminoso a vários momentos festivos, mas nem sempre bem sucedidos no plano desportivo.

Antes, durante e depois, a final da Taça pode e deve ser uma festa, dos momentos de romaria e pic-nic na envolvente, à disputa saudável de um estádio quase irmãmente repartido entre as duas massas de adeptos.

Esse é o primeiro desejo que me cumpre formular: que todos aqueles que vão estar presentes neste momento de celebração do desporto saibam estar à altura da ocasião, privilegiando o apoio aos seus no respeito pelos adversários e pelos muitos milhões que os seguirão por todo o mundo, ao invés de propiciarem imagens degradantes como as que recentemente invadiram as nossas casas.

Em particular, aos muitos milhares de Bracarenses que estarão presentes no Jamor, os votos de que sejam embaixadores de excelência da nossa cidade, guerreiros como não há igual, mas testemunho vivo de que Braga não apenas sabe receber mas também sabe visitar como ninguém.

Em segundo lugar, cumpre desejar os maiores êxitos a jogadores, técnicos e árbitros, de modo a que possam mostrar em pleno o seu talento e propiciar as condições para que os melhores na ocasião possam de facto triunfar.

Há cerca de cinquenta anos, como se ouvia no hino que antes ecoava nas pedras do velhinho 1º de Maio – “no ano 66, na Taça de Portugal, derrotou os tubarões” -, o Braga vencia o Vitória de Setúbal para conquistar o seu único troféu da prova. Curiosamente, o autor do golo, o argentino Miguel Perrichon está por estes dias de volta à cidade que o consagrou em euforia.

No Domingo, é tempo de voltar a escrever a letras de ouro uma página de sucesso da história do clube e da cidade, corporizando também o crescimento contínuo que o clube tem registado ao longo da última década (com presenças de mérito na Liga dos Campeões, uma final da Liga Europa, a conquista da última Taça Intertoto e uma Taça da Liga, além de uma presença regular no Top-4 da Liga nacional).

Que todos vivam a festa da Taça, mas, já agora, tragam de lá o caneco!

Presidente da Câmara de Braga
Escreve à quinta-feira


A festa da Taça


No Domingo, é tempo de voltar a escrever a letras de ouro uma página de sucesso da história do clube e da cidade, corporizando o crescimento contínuo que o clube tem registado.


© Octavio Passos/Lusa

No próximo Domingo, a partir das 17 horas, o Estádio Nacional volta a ser palco de um dos momentos altos do desporto nacional, com o início da Final da Taça de Portugal em futebol.

Ainda que desvalorizada por alguns, a Taça de Portugal é uma das competições que recolhe maior simpatia da generalidade dos adeptos da modalidade.

Tudo começará porventura no seu carácter popular e na forma como propicia em cada etapa da competição o contacto entre os “grandes” e as diversas equipas dos escalões inferiores, levando o futebol de topo aos locais mais recônditos do País.

Por outro lado, pela natureza da mesma, há uma natural propensão para que os resultados sejam mais imprevisíveis e que a força de vontade e determinação de um dado colectivo possa superar os maiores recursos de um adversário mais poderoso no decurso dos 90 minutos de cada jogo.

Superadas as diferentes etapas, a presença no Estádio do Jamor é um marco em si mesmo, e um momento que reúne ingredientes únicos por toda a envolvência da partida.

Enquanto adepto, pude assistir nesse estádio a diversas finais ao longo dos últimos anos, da trágica final do very-light criminoso a vários momentos festivos, mas nem sempre bem sucedidos no plano desportivo.

Antes, durante e depois, a final da Taça pode e deve ser uma festa, dos momentos de romaria e pic-nic na envolvente, à disputa saudável de um estádio quase irmãmente repartido entre as duas massas de adeptos.

Esse é o primeiro desejo que me cumpre formular: que todos aqueles que vão estar presentes neste momento de celebração do desporto saibam estar à altura da ocasião, privilegiando o apoio aos seus no respeito pelos adversários e pelos muitos milhões que os seguirão por todo o mundo, ao invés de propiciarem imagens degradantes como as que recentemente invadiram as nossas casas.

Em particular, aos muitos milhares de Bracarenses que estarão presentes no Jamor, os votos de que sejam embaixadores de excelência da nossa cidade, guerreiros como não há igual, mas testemunho vivo de que Braga não apenas sabe receber mas também sabe visitar como ninguém.

Em segundo lugar, cumpre desejar os maiores êxitos a jogadores, técnicos e árbitros, de modo a que possam mostrar em pleno o seu talento e propiciar as condições para que os melhores na ocasião possam de facto triunfar.

Há cerca de cinquenta anos, como se ouvia no hino que antes ecoava nas pedras do velhinho 1º de Maio – “no ano 66, na Taça de Portugal, derrotou os tubarões” -, o Braga vencia o Vitória de Setúbal para conquistar o seu único troféu da prova. Curiosamente, o autor do golo, o argentino Miguel Perrichon está por estes dias de volta à cidade que o consagrou em euforia.

No Domingo, é tempo de voltar a escrever a letras de ouro uma página de sucesso da história do clube e da cidade, corporizando também o crescimento contínuo que o clube tem registado ao longo da última década (com presenças de mérito na Liga dos Campeões, uma final da Liga Europa, a conquista da última Taça Intertoto e uma Taça da Liga, além de uma presença regular no Top-4 da Liga nacional).

Que todos vivam a festa da Taça, mas, já agora, tragam de lá o caneco!

Presidente da Câmara de Braga
Escreve à quinta-feira