Mais uma de Santana Lopes


É recorrente assistirmos a manifestações esperançosas de apoio a determinados políticos.


© Antonio Cotrim/Lusa

Há uma generalização quase indesmentível assacada aos governantes. A cultura é sempre o parente pobre da acção governativa. As manifestações públicas dos diversos agentes culturais sobre diversos governos, independentemente da cor política, no que toca à ausência de políticas de fomento e apoio às artes são uma constante no panorama político português e, muitas vezes, com razão.

Mas as generalizações são sempre perigosas e esta não foge à regra. Santana é uma excepção. É recorrente assistirmos a manifestações esperançosas de apoio a determinados políticos que prometem à cultura tudo e, depois de eleitos, pouco fazem por ela. Com Santana nunca foi assim. 

Veja-se, por exemplo, o CCB. É certo que não foi Santana o seu arquitecto inicial, mas é inquestionável que foi com ele que o CCB ganhou corpo e dimensão, sendo hoje, muito provavelmente, o maior espaço de referência cultural do nosso país. Mas há mais casos de sucesso da relação de Santana com a cultura. A transformação e recuperação do Teatro do Porto em Teatro Nacional, evitando que desse origem a um centro comercial, deve-se a Santana, assim como a recuperação de inúmeros teatros por esse país fora.

Não tenhamos dúvidas de que hoje teríamos Parque Mayer com cultura, serviços e habitação não fosse a maldade vingativa de um Presidente da República e de alguns que hoje desgovernam Lisboa, que não descansaram enquanto não o “enterrassem” da vida pública. 

O Museu dos Coches, inaugurado sexta-feira, é mais uma de Santana. É a ele, à sua visão de fazer cidade e a essa relação de proximidade com a cultura que devemos este novo espaço.

Deputado Escreve à segunda-feira 

Mais uma de Santana Lopes


É recorrente assistirmos a manifestações esperançosas de apoio a determinados políticos.


© Antonio Cotrim/Lusa

Há uma generalização quase indesmentível assacada aos governantes. A cultura é sempre o parente pobre da acção governativa. As manifestações públicas dos diversos agentes culturais sobre diversos governos, independentemente da cor política, no que toca à ausência de políticas de fomento e apoio às artes são uma constante no panorama político português e, muitas vezes, com razão.

Mas as generalizações são sempre perigosas e esta não foge à regra. Santana é uma excepção. É recorrente assistirmos a manifestações esperançosas de apoio a determinados políticos que prometem à cultura tudo e, depois de eleitos, pouco fazem por ela. Com Santana nunca foi assim. 

Veja-se, por exemplo, o CCB. É certo que não foi Santana o seu arquitecto inicial, mas é inquestionável que foi com ele que o CCB ganhou corpo e dimensão, sendo hoje, muito provavelmente, o maior espaço de referência cultural do nosso país. Mas há mais casos de sucesso da relação de Santana com a cultura. A transformação e recuperação do Teatro do Porto em Teatro Nacional, evitando que desse origem a um centro comercial, deve-se a Santana, assim como a recuperação de inúmeros teatros por esse país fora.

Não tenhamos dúvidas de que hoje teríamos Parque Mayer com cultura, serviços e habitação não fosse a maldade vingativa de um Presidente da República e de alguns que hoje desgovernam Lisboa, que não descansaram enquanto não o “enterrassem” da vida pública. 

O Museu dos Coches, inaugurado sexta-feira, é mais uma de Santana. É a ele, à sua visão de fazer cidade e a essa relação de proximidade com a cultura que devemos este novo espaço.

Deputado Escreve à segunda-feira