Marquês. Câmara de Lisboa desmente PSP

Marquês. Câmara de Lisboa desmente PSP


Polícia de Segurança Pública nunca se mostrou contra a realização da festa no Marquês de Pombal.


O presidente da Câmara de Lisboa disse nesta sexta que a Polícia de Segurança Pública nunca se mostrou contra a realização da festa do Benfica no Marquês de Pombal, tendo-se oposto apenas à venda de bebidas e ao palco.

“Tendo em vista a preparação dos festejos, realizaram-se sete reuniões preparatórias, duas das quais no terreno, entre responsáveis da Polícia de Segurança Pública [PSP], Câmara e Benfica, com vista a preparar um evento de grande exigência e perplexidade, para evitar riscos de anos anteriores e para melhorar o conforto e a segurança” dos adeptos, afirmou Fernando Medina, que falava em conferência de imprensa nos Paços de Concelho.

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O autarca acrescentou que, “em todas as reuniões preparatórias, a PSP nunca se mostrou contra a realização da festa no Marquês [de Pombal] e a sua realização não foi desaconselhada”.

Segundo este responsável, a PSP apenas transmitiu à Câmara e ao clube o “seu parecer negativo relativo a dois aspectos muito específicos: a colocação de quiosques de venda de bebidas e ao posicionamento e à forma do palco”. Preocupações que, segundo Medina, o município salvaguardou.

“Nada do que aconteceu no Marquês de Pombal teve a ver com esses receios”, frisou.

Na terça-feira, uma fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que a Polícia de Segurança Pública (PSP) deu parecer negativo aos festejos do Benfica no Marquês de Pombal, alegando que o modelo concebido não era adequado em termos de segurança.

A Direcção Nacional da PSP esclareceu na quinta-feira que o dispositivo de segurança destacado para os festejos benfiquistas de domingo, em Lisboa, estava “ajustado”, tendo sido reorganizado quando se registaram confrontos entre adeptos e a força policial.

“A opção por um dispositivo de segurança de carácter menos ostensivo, com elementos da UEP (Unidade Especial de Polícia) sem o equipamento de segurança de nível máximo, revelou-se ajustada em determinada fase do policiamento”, porque se encontrava “num contexto festivo”, refere a PSP num esclarecimento enviado à agência Lusa.

Também na quinta-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) pediu ao comandante do Corpo de Intervenção da PSP para esclarecer a ordem dada aos elementos para não usarem equipamentos de protecção nos festejos dos adeptos benfiquistas em Lisboa.

Hoje, a ASPP questionou o facto de o Corpo de Intervenção da PSP ter sido destacado para os festejos dos adeptos benfiquistas sem equipamento de protecção, colocando em risco a sua segurança.

Nos incidentes ficaram feridos 16 polícias com escoriações devido ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e material pirotécnico.

Lusa