Passos acusa PS de prometer milagres e adverte para desastre

Passos acusa PS de prometer milagres e adverte para desastre


PM reage à apresentação do projecto do seu Programa Eleitoral do PS para as legislativas.


O primeiro-ministro acusou esta quarta-feira o PS de prometer "milagres" aos eleitores, reiterando a convicção de que os socialistas não vão cumprir as regras da União Europeia. Interpelado pelo PSD, no encerramento do debate quinzenal, no parlamento, Pedro Passos Coelho dedicou a sua intervenção a criticar "o desfiar de anúncios que vêm sendo feitos" pelo PS.

O primeiro-ministro defendeu que o Governo PSD/CDS-PP tem seguido um caminho prudente de crescimento da economia sem mais dívida, assente na atracção de investimento, e dramatizou uma eventual inversão de rumo: "Conduzirão sempre o 

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No debate com Ferro Rodrigues, Passos Coelho defendeu ainda que o cenário macroeconómico e o projeto de programa do PS seguem a via errada do aumento do consumo, gerando uma subida do rendimento disponível artificial das famílias, que mais tarde será paga.

"É indispensável continuar o caminho deste Governo, porque o caminho que não precisamos é aquele que os senhores [do PS] propõem e que, tanto quanto me quis parecer, aponta como prioridade o que falhou na estratégia económica em Portugal nos últimos 20 anos, mormente sob a liderança socialista. É um caminho que assenta num desenvolvimento económico liderado pelo consumo e pelo aumento artificial do rendimento disponível – um aumento que terá sempre como contraparte ou o aumento dos impostos, ou as transferências do orçamento provocando défice e mais impostos no futuro", advertiu o líder do executivo PSD/CDS.

Na resposta, o líder parlamentar socialista assumiu a continuidade nas suas convicções políticas, dizendo que, ao contrário do primeiro-ministro, defende hoje as mesmas políticas que defendia há quatro anos na última campanha eleitoral – uma frase que agitou as bancadas da maioria PSD/CDS e motivou uma interrupção do debate.

Mais consumo

Sobre o projecto de programa eleitoral do PS, Ferro Rodrigues sustentou que o conjunto de medidas constitui "uma alternativa política, conciliando o rigor financeiro com a recuperação económica".

"Mostra que é possível fazer melhor e garantir a saída de Portugal da actual situação de procedimento por défice excessivo, reduzir o desemprego e baixar a dívida. Os senhores preferem apelar a fantasmas do que discutir politicamente as questões", reagiu ainda o líder da bancada socialista.

Neste ponto, Pedro Passos Coelho lamentou que o PS tenha recusado sujeitar à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) o seu cenário macroeconómico e insistiu nas críticas à linha económico-financeira proposta pelos socialistas.

"Até hoje o programa que o PS apresentou resume-se a mais consumo, a uma estratégia de crescimento liderada pelo consumo, rendimento disponível dado às pessoas de forma artificial, sem qualquer compensação orçamental devida para a Segurança Social. Isso é prosseguir para o futuro a política que nos conduziu ao resgate", sustentou o primeiro-ministro. Com Lusa

 

 

 

 

Lusa