No Verão também se bebem tintos, mas o calor pede brancos

No Verão também se bebem tintos, mas o calor pede brancos


Quase todos vão bem com comida, mas também podem ser bebidos a solo


Voltamos a apresentar uma mão-cheia de sugestões de brancos recentemente lançados no mercado e que não o irão desiludir. São todos de uma gama média (entre os 8 e os 11 euros), de várias regiões do país, desde o Douro ao Alentejo, passando por Lisboa e península de Setúbal. Quase todos vão bem com comida, mas também podem ser bebidos a solo – nesse caso um pouco mais refrescados, com a temperatura normal de serviço de 10o a descer para os 8o. Não nos devemos esquecer que, por norma, um copo de aperitivo anda na mão, logo mais perto dos 36o do corpo que dos 20 e tal da temperatura ambiente quando o copo está pousado na mesa. Uma pequena dica para apreciar melhor o vinho.

Aluzé branco DOC 2013 – 10€

Produzido na Quinta do Pessegueiro, com 40% de gouveio e cerceal da zona de S. João da Pesqueira e 20% de rabigato da zona da Muxagata, Vila Nova de Foz Côa. Aroma com notas de pêra e a mineralidade do xisto. Bom equilíbrio entre acidez e volume e final muito interessante. Beba-o com um peixe nobre bem temperado ou com bacalhau.

Maçanita irmãos e enólogos  2013 – 8,70€

Primeiro vinho saído da parceria Joana e António Maçanita, que são irmãos e enólogos. Este projecto do Douro é feito com maioria de viosinho, gouveio e malvasia fina. Aromas citrinos e algum floral. Na boca mostra-se redondo, com boa frescura, acidez equilibrada e um final interessante. Acompanha bem peixes grelhados e carnes brancas.

Quinta do Gradil Res. branco  2013 – 11€

Um arinto e chardonnay fermentado em barricas de carvalho francês, seguindo-se estágio sobre borras finas com battonage durante 4 meses. Citrinos no aroma e alguma mineralidade. Na boca mostra boa acidez, integrada com as notas de barrica. Bom final, elegante e com alguma persistência. Liga bem com queijos.

DSF Colecção privada verdelho 2014 – 8€

Domingos Soares Franco fez este monocasta de verdelho na sequência de experiências de anos anteriores. O aroma está muito floral, com madressilva, e também tem notas de lima e alperce. Na boca, a fruta mostra-se mais, boa acidez, bom equilíbrio. Segundo a opinião do enólogo, é para ser bebido jovem.

DSF Col. privada Mosc. roxo rosé 2014 – 8€

Um vinho extreme de moscatel roxo. Aberto na cor e aroma, com notas de alperce e framboesa e um leve toque a rosas. Na boca é equilibrado, com muito boa acidez, muitas notas de fruta. O final de boca é médio, mas dá muito prazer bebê-lo muito fresco, como aperitivo, ou então a acompanhar cozinha asiática com picante.

Esporão Duas Castas 2014 – 8€

A filosofia da Herdade do Esporão para o Duas Castas é escolher em cada ano as que melhor liguem entre si. Este 2014 tem 60% de arinto e 40% de gouveio. Fermentou e estagiou em cubas de inox. Aroma cítrico (folha de limoeiro) com notas de líchia. Boa textura na boca, cremoso, com fruta e final elegante.

Esporão Verdelho 2014 – 8€

Monocasta de verdelho fermentado em inox. No aroma tem notas tropicais e citrinas que sugerem limas e toranjas. Boa frescura na boca, elegância, com boas notas minerais. É um vinho para beber jovem, mas possivelmente vai mudar levemente, tornando-se mais mineral nos próximos dois ou três anos. Pede acompanhamento com comida.

Herdade das servas colheita seleccionada 2014  – 7,90€

Luís Mira usou roupeiro (50%) de vinhas velhas (vinha da Judia), alvarinho e viognier (20%) e sauvignon blanc (10%) da Herdade das Servas para fazer este blend. Fermenta em inox e 30% estagia em madeira. Aromas frutados. Na boca é potente. Pede comida. Filetes de peixe, por exemplo.