O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que não tem conhecimento de problemas com os portugueses que estão no Nepal, país que sofreu hoje um sismo de magnitude de 7,4 na escala de Richter.
“Para já, como lhe digo, não há conhecimento de qualquer problema (com os portugueses que estão no Nepal)”, declarou José Cesário.
O sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter que hoje sacudiu o Nepal provocou pelo menos 16 mortos e levou ao encerramento do aeroporto da capital, Katmandu, segundo as Nações Unidas.
Segundo o observatório norte-americano que monitoriza a actividade sísmica em todo o mundo, ocorreram ainda várias réplicas, uma delas de magnitude 6,3.
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Pelo menos oito portugueses encontram-se no Nepal em atividades humanitárias – para ajudar a população nepalesa que está a sofrer muitas dificuldades depois do terramoto de magnitude de 7,8 ocorrido a 25 de abril passado e que já provocou mais de oito mil mortos –, ou profissionais.
“Não sei, como deve imaginar, nós não temos lá representação. O que pode acontecer é alguém que tenha alguma dificuldade, possa fazer algum contacto (com as autoridades portugueses)”, afirmou o secretário de Estado.
“Para todo os efeitos, os (portugueses) que tinham de sair, saíram e só ficaram efetivamente os que estão envolvidos em atividades sejam elas humanitárias ou profissional”, sublinhou José Cesário.
O responsável reafirmou que não tem “informação que tenha havido problemas com algum deles”.
“Pode ser que algum deles dê alguma informação, entretanto, para a Índia (representação diplomática portuguesa que abrange a área geográfica do Nepal) ou para o gabinete de emergência consular (em Portugal)”, indicou ainda José Cesário.
O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, disse hoje à Lusa que a equipa de quatro elementos que permanece em Katmandu “está bem”, apesar de ter “sentido fortemente” o sismo de 7,3 que abalou o Nepal esta manhã.
“Os quatro elementos da AMI que ainda estão em Katmandu relataram-nos, numa mensagem via Facebook, que sentiram o hotel onde estão alojados abanar violentamente, mas, [este] não chegou a ruir. Disseram que o sismo foi muito forte”, declarou à agência Lusa Fernando Nobre, que regressou do Nepal na segunda-feira à noite.
O presidente da AMI explicou que têm estado a tentar falar com a equipa chefiada pelo enfermeiro Ivo Saruga, mas sem sucesso, uma vez que as comunicações “estão difíceis”.
Fernando Nobre disse ainda que vai tentar falar com a equipa no Nepal para ter uma ideia mais “real do que se está a passar, para decidir o que deverá ser feito a seguir”.
“A AMI decidiu ajudar 10 aldeias a cerca de 70 quilómetros a nordeste de Katmandu. Fornecemos refeições, água potável e ajudamos na reconstrução das casas juntamente com voluntários nepaleses”, explicou Nobre.
Na opinião do presidente da AMI, este novo sismo, com esta magnitude, deixa “supor que tudo o que estava em equilíbrio instável vai ser largamente” afetado.
O sismo de hoje também foi sentido na Índia.
Lusa