Centenas de pessoas, a maioria mulheres jovens, acorrem diariamente à exposição "Miss Dior" em Pequim, que reúne peças encomendadas por aquela marca francesa de perfumes a 17 artistas plásticas contemporâneas, entre as quais a portuguesa Joana Vasconcelos.
Inaugurada no passado fim de semana com a presença de várias estrelas de cinema chinesas, a exposição estará patente até ao fim de Maio numa das principais galerias do "distrito artístico 798", no nordeste de Pequim.
A enchente dos primeiros dias, com longas filas à porta, desapareceu, mas na terça-feira de manhã, entre as 10:00 e o meio-dia, o número de visitantes já tinha ultrapassado os 450, disse um empregado da galeria.
A exposição, lançada em Paris em novembro de 2013 e entretanto apresentada em Xangai e outras cidades, celebra o aniversário do perfume Miss Dior, criado em 1947.
Uma das peças mais vistosas, colocadas logo á entrada da galeria, é a assinada por Joana Vasconcelos.
Trata-se de um laço cor-de-rosa com três metros de largura, construído em fibra de carbono e com cerca de 1.660 frascos de perfume de outra marca famosa da casa Dior, "J´Adore" (Eu Adoro), que dá o nome à peça da artista portuguesa.
O catálogo descreve a peça como "uma festiva e exuberante criação" de Joana Vasconcelos, "inteiramente produzida no seu atelier em Lisboa".
Entre as outras 16 artistas convidadas pela casa Dior e oriundas de mais de uma dezena de países, figuram a brasileira Maria Nepomuceno e duas chinesas (Ma Qiusha e Liu Lijie).
O frasco mais pequeno de Miss Dior custa cerca de 850 yuan (130 euros) – mais de metade do salário mínimo mensal em Pequim, mas a entrada na exposição é gratuita.
Instalado numa grande unidade industrial desativada, o "distrito artístico 798" é uma das mais concorridas atrações turísticas de Pequim, com centenas de galerias e boutiques.
Lusa