Nova proposta para aumentos do salário mínimo

Nova proposta para aumentos do salário mínimo


Para entrar em vigor em Janeiro do próximo ano.


O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, disse esta sexta-feira que a confederação sindical vai propor um novo aumento do salário mínimo nacional em Setembro, para entrar em vigor em Janeiro do próximo ano.  

"Aqui estamos, não fosse a nossa postura tão criticada por todos quantos preferem a agitação e o protesto constante como forma de intervenção sindical e não teria havido acordo para o aumento do salário mínimo nacional em Setembro de 2014"

Durante a sua intervenção no evento de comemoração do 1.º de Maio no pavilhão Rosa Mota, no Porto, Carlos Silva, que não explicitou o valor da actualização, lembrou o aumento recente de "apenas" 20 euros, mas sublinhou que foi "um sinal importante".

Perante uma plateia que incluía vários representantes do PS, como o líder distrital do Porto, José Luís Carneiro, do PSD, cujo líder do grupo parlamentar, Luís Montenegro, esteve presente, e do CDS-PP, através dos deputados Cecília Meireles e Raúl de Almeida, o secretário-geral da UGT realçou que a confederação "elegeu o compromisso e a busca incessante de consensos como a sua base essencial de apoio para existir e resistir".

"Aqui estamos, não fosse a nossa postura tão criticada por todos quantos preferem a agitação e o protesto constante como forma de intervenção sindical e não teria havido acordo para o aumento do salário mínimo nacional em Setembro de 2014", declarou Carlos Silva.

Críticas essas, acrescentou o secretário-geral da UGT, às quais "não se juntaram aqueles e aquelas que viram o seu rendimento disponível aumentado no fim de cada mês porque esses vivem do seu salário e do seu trabalho, não vivem para as tricas politicas, não vivem para o frenesim mediático, nem pretendem mais do que viver com dignidade". 

Durante o discurso, que durou cerca de 20 minutos, Carlos Silva afirmou que a "UGT não quer precariedade laboral e rejeita quaisquer alterações à legislação que abram a porta a uma maior flexibilização nos despedimentos, venha ela de onde vier". 

Lusa