Não só em Portugal, como no resto do mundo. Segundo a revista “The Economist”, a população mundial universitária subiu de 14% para 32% nos últimos 20 anos, enquanto os países da OCDE gastam cada vez mais com educação: de 1,3% do PIB em 2000, o investimento subiu para 1,6%.
Esta expansão do saber não serviu apenas para trans- formar o mundo num sítio mais justo, mas também mais seguro e confortável através dos benefícios da investigação nas mais diversas áreas. Mergulhado numa crise que se deve ao esgotamento do modelo económico, Portugal e a União Europeia necessitam das universidades mais do que nunca. Para serem mais competitivos, mais inovadores e mais arrojados.
Do ponto de vista da investigação, a Europa tem muito a aprender com os Estados Unidos. Além de investirem quase o dobro dos europeus na educação universi- tária, os norte-americanos têm uma rede e um sistema mais eficaz que o europeu.
Basta dizer que das 20 investigações mais cita- das em 2014, 19 eram dos Estados Unidos. Isto significa igualmente empreendedoris- mo e inovação. Não é por acaso que as melhores tecnológicas, como a Google, a Microsoft, a Apple e o Facebook, entre outras, são norte-americanas e lideram o mercado. Portugal e a Europa têm de arrepiar caminho.
Não com o tradicional recurso a fundos públicos, mas com parcerias económicas entre as universidades e as empresas. Uma boa ligação entre o mundo académico e a economia real poderá ser o segredo para um incremento da economia portuguesa e da europeia. Só por isso vale a pena o investimento. Do Estado e do aluno.
PS: Costuma dizer-se que um bom acordo só é bom quando satisfaz as duas partes. A série Educa resulta de uma parceria entre o jornal i e o banco que mais aposta nas universidades portugue- sas, o Santander Totta. Uma parceria natural, que tem como objectivo ajudar os alunos do ensino secundário e universitário a fazerem as melhores escolhas para o seu futuro.