A aplicação do Uber continua a funcionar. Um dia depois de ter vindo a público a decisão de proibição do serviço em Portugal ainda é possível utilizá-lo em Lisboa e no Porto, mas talvez não por muito tempo. O responsável da start up em Portugal, Rui Bento diz que ainda não foi notificado da decisão do Tribunal Cível de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta pela Antral, mas deverá ser apenas uma questão de dias. A partir daí, a Uber estará sujeita a uma coima diária de 10 mil euros se não acatar a decisão.
Enquanto isso, nas redes sociais cresce um movimento de apoio ao serviço de transporte alternativo aos táxis tradicionais. No Facebook, a página “Queremos a Uber em Portugal” tinha, ao final da tarde de quarta-feira, mais de 7 mil likes. “Pela Uber legal em Portugal, contra o monopólio dos táxis! Pelo direito de escolha, contra os lóbis instalados!”, advogam os apoiantes.
Sob o mesmo mote foi lançada uma petição online, para entregar aos partidos políticos com assento parlamentar, que contava ao final da tarde com 2.500 assinaturas.
“Pela Uber legal em Portugal, contra o monopólio dos táxis! Pelo direito de escolha, contra os lóbis instalados!”
Num texto intitulado “Queremos a Uber em Portugal” é pedido que o governo regulamente o sector, sublinhando que o Uber “dá resposta às necessidades de mobilidade dentro de uma cidade” por se tratar de “um serviço competitivo, com um preço justo, muitas vezes inferior ao custo de um táxi, que paga impostos nos países onde opera e cria oportunidades de emprego, promove o empreendedorismo e a criação do próprio emprego”.
Os signatários prosseguem lembrando que em Portugal as empresas de transportes estão sobreendividadas e “têm, assumidamente, uma dificuldade: a de oferecer um serviço personalizado ao utente”.