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Home Staging Factory presta serviços de decoração e preparação de casas para arrendamento


Margarida Diniz trabalhava na Sotheby’s quando começou a aperceber-se de que a apresentação do produto imobiliário era descurada, até mesmo no segmento de luxo. Daí a criar o seu próprio negócio foi um passo. Em 2009 começou a estudar marketing do produto imobiliário e conheceu o conceito home staging, nascido na década de 60 nos EUA – neste momento é um instrumento básico utilizado em todo o mundo.

Um ano depois, a sua irmã Catarina Diniz juntou-se à designer de interiores e agora têm como missão transformar paredes e vigas em sonhos e emoções. O objectivo é “ajudar quem ‘vende’ agradando a quem ‘compra’”.

Nasceu assim, em 2012, a Home Staging Factory, uma start-up que presta serviços de decoração e preparação de casas para arrendamento turístico. “Deve ser dos poucos serviços não orientados para o cliente!”, afirma ao i Catarina Diniz. “Os projectos são trabalhados não com o objectivo de agradar ao nosso cliente, mas com vista a atrair e conquistar o cliente final – o hóspede”, explicou ainda a estratega de marca da empresa, acrescentando que só assim consegue aumentar as taxas de ocupação e o valor da diária. “Temos de criar casas sedutoras, diferentes, giras, confortáveis e muito acolhedoras”, sublinha.

Os clientes da start-up são assim proprietários de vários imóveis e investidores no negócio de alojamento turístico. A ideia é valorizar o apartamento ao máximo no sentido de se conseguir o preço por noite mais elevado. Catarina garante que tendo um excelente produto com um bom preço se consegue decididamente aumentar a taxa de ocupação. Esta situação não é preocupante porque o público das casas melhoradas são pessoas que preferem e podem pagar mais. O público-alvo das casas são turistas estrangeiros. “No entanto, dependendo dos imóveis, o perfil varia.”

O investimento varia consoante o estado e a área da casa, a sua localização, o segmento a que se destina ou as possíveis obras de actualização. Os valores variam entre 3500 e 7 mil euros para projectos low cost; 5 mil e 14 mil euros para um investimento no segmento médio (stylish) e entre 7500 e 20 mil euros para uma decoração para o segmento alto (upmarket). “Em termos de retorno financeiro consegue-se muitas vezes pagar o investimento num único Verão”, assegura Catarina Diniz.

Já o proprietário consegue muitas vezes obter o retorno financeiro em três ou seis meses. “Há casas que valem até 200 euros por noite. E com uma taxa de ocupação de 90% podem render mais de 15 mil euros em três meses”, esclarece a empresária. “Também é possível obter um rendimento de 10 080 euros em seis meses se investir 5 mil euros num T0 que arrende a 70 euros por dia, desde que a taxa de ocupação seja de 80%.”

Com as melhorias desenvolvidas pelas irmãs Diniz, tanto o valor da renda como a taxa de ocupação aumentam. “Temos casos de apartamentos que aumentaram o valor e a taxa de ocupação cerca de 30%”, diz a mesma fonte. Por outro lado, conseguem aumentar também a taxa de conversão dos “lookers” em “bookers”. “Muitas vezes são precisos dez pedidos de informação para uma reserva. Em casas bem trabalhadas em cada três ou quatro pedidos têm uma reserva”, conclui.