Fundação EDP. Programa solidário fica com um terço  do orçamento para 2015

Fundação EDP. Programa solidário fica com um terço do orçamento para 2015


No décimo aniversário do EDP Solidária, a Fundação anunciou um reforço de verbas para 2,1 milhões


O programa EDP Solidária, da Fundação EDP, vai contar este ano com um orçamento de 2,1 milhões de euros, e passa a ser segmentado em três grandes áreas: inclusão social, saúde e educação. Relativamente ao EDP Solidária – Inclusão Social, as candidaturas decorrem entre 1 e 18 de Maio.

Este programa arrancou em 2004 – no mesmo ano de nascimento da Fundação  – e já apoiou mais de 650 mil pessoas, através de um investimento superior a sete milhões de euros, desde então.

No entanto, a Fundação EDP parece agora querer ir mais longe. O anúncio de que o orçamento deste programa será reforçado em 2015 – representará cerca de 30% do orçamento total da Fundação – foi feito ontem, na comemoração dos dez anos do EDP Solidária, e depois de ter sido feito o balanço desta década de actuação. A cerimónia contou com a presença do presidente da Fundação EDP, António de Almeida, do presidente da EDP, António Mexia e ainda com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

O EDP Solidária tem como objectivo primordial apoiar “projectos que melhorem a qualidade de vida de pessoas socialmente desfavorecidas, a integração de comunidades em risco de exclusão social e a promoção do empreendedorismo social”. Até agora, contaram com verbas da Fundação EDP quase 300 projectos em todo o país. O programa implica ainda a monitorização e acompanhamento de todos os projectos escolhidos para serem apoiados.

desporto, hortas e património Durante a última década, o EDP Solidária ajudou projectos de áreas muito diversas. Desde garantir – através de entidades várias – serviços gratuitos a idosos a viver em situações carenciadas, a  projectos desportivos ou musicais em escolas que permitam que estas actividades sirvam para ajudar na inclusão de jovens e crianças que vivem em ambientes mais desfavorecidos. O programa tem ajudado ainda várias câmaras municipais e juntas de freguesia na implementação de hortas comunitárias – este projecto já chega e serve a mais de três mil pessoas –, e tem feito um trabalho significativo no apoio à preservação de alguns ofícios que foram caindo no esquecimento, em Portugal: tecelagem, cestaria, artesanato ou costura. No Porto, por exemplo, está em marcha um clube de costura que pretende que mulheres com mais de 50 anos, ajudadas por estilistas, transformem roupa usada em roupa vintage de excelência.

Há ainda espaço para incubadoras sociais que pretendem ajudar a combater o desemprego ente os jovens, e a potenciar a criação de projectos próprios.

Segundo dados disponibilizados ao i, a maior parte dos projectos a ter o apoio deste programa, na última década, foram os da área de Desenvolvimento Comunitário e Social (108), com um investimento acumulado de 3,5 milhões de euros. No segundo lugar aparecem os da área de Educação e Capacitação (49), que usufruíram de cerca de 900 milhões de euros. Já as hortas solidárias beneficiaram de investimentos na ordem dos  700 milhões de euros desde 2004.

Apesar de este ser um programa à escala nacional, a verdade é que distritos como Leiria (2), Viana do Castelo (2) ou Guarda (2), têm tido poucos projectos apoiados pela Fundação. O maior enfoque está, sem grandes surpresas, no distrito de Lisboa, com 70 projectos apoiados. Os restantes 193 estão distribuídos pelos resto do país e arquipélagos dos Açores e Madeira.