O Festival IN quer marcar posição nas indústrias colaborativas. O lema da segunda edição é “We are in a Network Society” – “Estamos numa Sociedade das Redes” – e, durante quatro dias, podemos contar com várias actividades dentro do mesmo espaço. Fátima Vila Maior, directora da área de feiras da FIL e responsável pela organização do Festival IN, conta ao i que “hoje em dia estas novas formas de eficiência colectiva que têm por base as redes colaborativas e a partilha de experiências acabam por ser muito vantajosas para as empresas, para as pessoas e para as cidades porque permitem partilhar competências, recursos, custos e riscos”.
O festival, que decorre na FIL de 23 a 26 de Abril, vai ter quatro eixos programáticos. Vão existir Creative Cities, “onde podemos encontrar empresas da área das indústrias criativas, câmaras municipais, universidades, parques tecnológicos e exposições de design e artes plásticas”.
Podemos também encontrar pequenos plateaus, que são as zonas dedicadas aos workshops e aos pitches. Todas essas áreas vão ser feitas de cortiça, avança a organização ao i. “É um produto português. Queremos que toda a feira esteja em movimento e, ao ter estes auditórios em concha, as pessoas que estão a passar podem parar uns minutos e torna--se interactivo.”
Em cada praça central estão as connections, ou seja, as ligações. “As redes são o motivo desta feira e em cada pavilhão há uma praça central que dá um pouco a imagem do que é o pavilhão no seu todo. É onde nós queremos que as pessoas se encontrem, tomem um café, uma refeição rápida e fiquem a falar”, conta Fátima Vila Maior.
Há ainda os Celebration, locais relacionados com as performances onde surgem “de teatro dentro dos espaços a outras artes performativas”.
Para o festival, o mais importante foi o investimento em conteúdos. “O que nós pretendemos é que não houvesse grandes investimentos em termos de exposição que não fossem propriamente investimentos em conteúdos”, refere a organização, acrescentando que “o que as entidades aportam é que vai ser o relevante”. A preparação do Festival IN começou há dois anos. “A montagem é fácil, a preparação é que é mais difícil”, conta Fátima Vila Maior. Estiveram envolvidas na parte conceptual do festival cerca de 50 colaboradores e na parte de montagem mais de 150: “Toda a equipa da Feira Internacional de Lisboa mais a parte da equipa do centro de congressos”, explica.
Houve também um grande investimento na promoção do festival no plano internacional: o IN vai contar com convidados de vários países de todo o mundo e Espanha está em destaque. O difícil é mesmo saber onde vai querer participar. Antes de sair de casa, aconselhamo-lo a visitar o site e inteirar-se das actividades e programas para cada dia. “Se gosta de BD, pode ver BD. Se gosta de videojogos, vai para a parte dos videojogos. Se tem uma ideia gira que quer pôr em formato de negócio pode procurar aconselhamento. Pode informar-se sobre cidades criativas, conhecer startups, ver exposições de pintura e design. Ou, se a política é o que lhe interessa, vai poder ouvir o comissário europeu Carlos Moedas”, garante Fátima Vila Maior ao i.
A primeira edição do festival contou com cerca de 56 mil visitantes e as perspectivas para a segunda edição são cerca de 60 mil visitantes, segundo a organização. “O que queríamos mesmo era ter 350 expositores no festival e nesta altura já ultrapassámos essa fasquia.”
Quatro eixos programáticos
4 CREATIVE CITIES
Inovação de Produto, Inovação de Processo, Inovação Organizacional e Inovação de Marketing. Estas cidades são destinadas a acolher os participantes do Festival IN em função da sua afinidade com cada uma destas vertentes. São espaços dinâmicos que convergem para uma grande praça central, ponto de encontro e de celebração.
COMMERCE & COMMUNICATION
São plateaux semi-reservados, espalhados pelas 4 Creative Cities, enquanto zonas de promoção e capacitação dedicadas a pitches, showcases, workshops, mentoring e speed conferences, que vão inspirar, informar e criar oportunidades de desenvolvimento de negócio, de forma próxima e dinâmica.
CONNECTIONS
Ganha forma nas praças centrais de cada city, espaços lounge e informais que fomentam encontros, pequenas reuniões e troca de ideias.
CELEBRATION
Desenvolve-se em pequenos palcos situados nas praças centrais e agrega todas as manifestações artísticas, performances e actuações, bem como um grande palco de suporte às festas de abertura e encerramento do evento.
