O mais recente a sair em Portugal, em 2013, foi "Em viagem de uma Alemanha à outra – diário 1990". "Grimms Wörter", o terceiro livro autobiográfico e o último que Grass publlicou, em 2010, permanece inédito.
Contactada pela agência Lusa, a editora Marta Ramires não adiantou qualquer informação sobre uma possível publicação daquela obra, referindo apenas que a Leya tem estado a recolocar no mercado a obra anterior do Nobel da Literatura de 1999 (repartida entre a Casa das Letras e a D. Quixote).
Nos últimos anos foram editados ou reeditados "O tambor de lata" e "O gato e o rato" – dois dos romances da chamada "trilogia Danzig" – "O pregado", "O meu século", "A passo de caranguejo", "Escrever depois de Auschwitz", "Em Viagem de uma Alemanha à outra – diário 1990" e o álbum "Cem aguarelas", sobre a faceta de artista plástico.
Estão também publicados os volumes autobiográficos "Descascando a Cebola – Autobiografia 1939-1959" e "A Caixa – História da Câmara Escura", permanecendo inédito o último, "Grimms Wörter. Eine Liebeserklärung".
Quando publicou este último, que considerou uma "declaração de amor à língua alemã", Günter Grass afirmou que era uma obra "quase intraduzível". A única hipótese que o tradutor tem, segundo Grass, é a de transformar-se em coautor e apropriar-se do texto de forma individual.
Além daquelas dez obras, outros títulos de Günter Grass foram traduzidos e publicados em Portugal, mas a maior parte foi há mais de dez anos, nomeadamente "Uma longa história", "Mau agoiro" e "O cão de Hitler", o terceiro da "trilogia Danzig".
Günter Grass, Nobel da Literatura, morreu hoje aos 87 anos, deixando uma obra marcada pela polémica, sobretudo pela relação com o seu país.
Ao longo de mais de meio século, o autor publicou cerca de trinta obras desde romances, poemas e peças de teatro.
Em 2012, publlicou um poema, acusando Israel de "ameaçar a paz mundial". O Estado israelita declarou-o então "persona non grata".
Lusa