A corrida ajuda a ter uma vida mais saudável, sendo muito os estudos que afirmam, por exemplo, que correr 30 minutos por dia faz bem para o coração.
Altura em que se assinala o Dia Mundial do Coração, é importante lembrar o porquê da escolha de um estilo de vida mais saudável, resultantes da atividade física e de uma melhor alimentação.
O coração é um órgão muscular e, por isso, o treino intenso e regular pode alterar as suas características, como estrutura, tamanho e ritmo. Praticantes da corrida desenvolvem maiores cavidades cardíacas (átrios e ventrículos), responsáveis pela circulação sanguínea. Um maratonista que “exercita” o coração por mais tempo tem maior eficiência no bombeamento sanguíneo a cada batimento.
A atividade física faz com que o coração “bombeie” mais sangue para o corpo. Durante a corrida, o corpo consome mais oxigénio e a respiração aumenta a frequência cardíaca, precisando o coração de bater mais intensamente para levar o oxigénio extra para todo o corpo.
Também os vasos sanguíneos ganham maior elasticidade, o que permite uma melhor dilatação quando ocorre obstrução dos mesmos.
Quando praticada regularmente e com orientação adequada, a atividade física previne o aparecimento de fatores nocivos ao coração, como a pressão alta, colesterol, obesidade e reduz o risco de enfarto.
Porém, a corrida de rua exige cuidados com o coração, na grande maioria das vezes ignorados pelos atletas. O esforço cardíaco excessivo e a prática desportiva sem a orientação de um profissional podem levar a complicações graves, como o enfarte, arritmias e, em casos extremos, à morte. Segundo um estudo científico do The New England Journal of Medicine, um em cada 185 mil corredores sofre de morte súbita.
Exames médicos são muito importantes para uma avaliação do estado de saúde de cada pessoa. Todo esse cuidado tem um porquê. Se por um lado os exercícios são necessários e saudáveis, por outro, realizados sem planeamento podem representar um risco para o coração.
Hoje em dia são vários os planos de treino que se baseiam na frequência cardíaca de uma pessoa. A frequência é determinada de acordo com a intensidade desejada na atividade, a idade e o nível de preparação do atleta na corrida.
Para além do seguimento médico e de um especialista na área do desporto, é igualmente importante a pessoa ter a iniciativa de medir a frequência de batidas do coração através de um dos vários monitores cardíacos disponíveis no mercado.
Caminhar depressa pode ser tão benéfico para controlar a pressão arterial, o colesterol e o risco de contrair diabetes como correr.
Em forma de conclusão, praticar algum tipo de desporto previne as doenças cardiovasculares. A pressão sanguínea fica controlada e pode mesmo proteger o atleta contra um possível derrame cerebral ou ataque cardíaco.
