Congresso PSD. Santana deverá ir ao Coliseu, Ferreira Leite, Marques Mendes e Menezes ausentes


Os antigos presidentes do PSD Manuela Ferreira Leite, Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes disseram à Lusa que não tencionam ir ao XXXV Congresso do partido, enquanto Pedro Santana Lopes deverá marcar presença no Coliseu de Lisboa. “Estou inscrito, portanto, em princípio é para ir. Se Deus quiser hei de lá estar, até porque…


Os antigos presidentes do PSD Manuela Ferreira Leite, Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes disseram à Lusa que não tencionam ir ao XXXV Congresso do partido, enquanto Pedro Santana Lopes deverá marcar presença no Coliseu de Lisboa.

“Estou inscrito, portanto, em princípio é para ir. Se Deus quiser hei de lá estar, até porque já tenho saudades de participar no congresso, de intervir”, declarou à agência Lusa Pedro Santana Lopes, que foi líder do PSD entre 2004 e 2005.

O atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acrescentou que espera que o Congresso “trace linhas claras para o país com a intervenção do PPD-PSD para os próximos dois anos que vão ser nitidamente muito significativos, com eleições europeias, legislativas e presidenciais”.

Por sua vez, a anterior presidente dos sociais-democratas, Manuela Ferreira Leite, disse à Lusa que não tenciona estar presente no Congresso Nacional do PSD de sexta-feira, sábado e domingo, mencionando que já não esteve no anterior, de 2012. A antiga ministra de Estado e das Finanças liderou o PSD entre 2008 e 2010, quando deu lugar a Pedro Passos Coelho.

Outro antigo presidente do PSD, Luís Marques Mendes, disse igualmente à Lusa que não pensa ir ao Coliseu. “Estou fora da vida política ativa e não costumo ir aos congressos”, referiu o social-democrata, que esteve à frente do PSD entre 2005 e 2007.

Contactado pela agência Lusa, Luís Filipe Menezes, que liderou os sociais-democratas entre 2007 e 2008, afirmou também que não deverá comparecer no Coliseu de Lisboa: “Não tenciono ir”.

A agência Lusa tentou contactar, sem sucesso, outro dos antigos presidentes do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, que em janeiro afastou uma candidatura às presidenciais de 2016, em reação à moção de estratégia global que o atual líder do partido e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, vai levar ao Coliseu.

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente do PSD entre 1996 e 1999, considerou que Passos Coelho traçou um perfil presidencial “pela negativa” para o excluir de candidato a Belém – “não tanto por aquela característica que é o problema de mudar de opinião”, mas pelo “problema do mediatismo, da popularidade, de um perfil de Presidente interventor, de um Presidente não parlamentar”.

Na moção de estratégia global que vai levar ao XXXV Congresso do PSD, intitulada “Portugal, acima de tudo!”, Passos Coelho defende que “o Presidente deve comportar-se mais como um árbitro ou moderador” e evitar “tornar-se numa espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num cata-vento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”.

O chefe de Estado “não deve buscar a popularidade fácil” e, sendo supra partidário, “também não pode colocar-se contra os partidos ou os governos como se fosse apenas mais um protagonista político na disputa política geral”, escreve ainda o presidente do PSD.

*Artigo escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa