Pratos gastronómicos à base de cavala e ensinar a confecionar aquele peixe é o desafio lançado pela Docapesca a quem passe na quinta e sexta-feira pelos mercados de Portimão e Olhão, numa iniciativa que promove a espécie.
Abundante na costa portuguesa, sem quotas de pesca, com um preço baixo e rica em ómega 3 e 6, a cavala é, contudo, pouco procurada pelo consumidor, uma realidade que a Docapesca quer alterar.
“As pessoas pouco pegam, não procuram muito este peixe”, disse Lúcia Valério à Lusa, vendedora no Mercado Municipal de Loulé, que apontando para o único exemplar que tinha para venda explicou que um quilo de cavala oscila em média entre os três os cinco euros, consoante o tamanho.
Em declarações à Lusa, o presidente da Docapesca, José Apolinário, explicou que objetivo é provar que é possível “fazer uma refeição economicamente acessível e valorizar também, a um preço mais justo, o valor pago ao pescador em relação à cavala”.
Nesse sentido, e em parceria com as autarquias de Portimão e Olhão e com a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve (EHTA), será possível assistir a aulas de culinária e fazer degustações gratuitas de pratos à base daquele peixe.
Durante duas manhãs, na quinta e sexta-feira, haverá naqueles mercados duas sessões, às 10:00 e às 11:00, ministradas por “chefs” e alunos da EHTA.
De acordo com a Docapesca, empresa responsável pela primeira venda de pescado em lota, a cavala tem um sabor intenso e é fácil de preparar, devido à ausência de escamas.
De acordo com dados fornecidos pela empresa, nos últimos três anos a quantidade de cavala vendida em lota duplicou, atingindo as 27 mil toneladas.
Durante o primeiro semestre deste ano, a cavala teve um aumento de quantidade vendida de cerca de 26 por cento, face ao mesmo período de 2011, tendo o valor transacionado aumentado em cerca de um milhão de euros, ou seja, mais 36 por cento face ao ano passado.
