O julgamento em que João Vieira Pinto, José Veiga, Luís Duque e Rui Meireles estão indiciados de alegada fraude fiscal na contratação do ex-futebolista pelo Sporting, em 2000, prossegue hoje com a audição das últimas testemunhas.
A partir das 14:00, na 6.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, o tribunal ouvirá os ex-futebolistas Vítor Baía e Rui Costa e também o advogado João Correia, que, em 2005, reclamou junto da Sporting SAD valores em dívida do prémio de assinatura de João Pinto.
Esse prémio, no valor de 4,2 milhões de euros (ME), montante que o Ministério Público refere que não foi sujeito a impostos, foi faturado pela empresa do Reino Unido Goodstone, que o empresário José Veiga nega ter representado.
Um total de 800 mil euros não foram liquidados por dificuldades de tesouraria do Sporting e, em 2005, João Correia, mandatado por João Pinto, reclamou o pagamento, transformado num contrato de prémios de jogo (100), sujeito a tributação.
A defesa de Luís Duque, presidente da Sporting SAD na altura dos factos, e de Rui Meireles, diretor financeiro em 2000, apresentou mais documentos, que, refere-se no requerimento a que a agência Lusa teve acesso, "podem ajudar a ver quem fala verdade".
O conjunto de documentos – reproduções de páginas de jornais desportivos que acompanharam a desvinculação de João Pinto do Benfica e o processo de contratação pelo Sporting – permitem ainda "relembrar coisas" que os arguidos João Pinto e José Veiga "parecem estar esquecidos".
Neste processo, João Vieira Pinto, José Veiga, Luís Duque e Rui Meireles são acusados de fraude fiscal – em causa cerca de 700.000 euros – e também do crime de branqueamento de capitais.
É possível que na sessão de hoje se realizem as alegações finais. Caso não suceda, está já marcada nova audiência para a tarde do dia 16 de julho.