Parceiras da Galp e Ren entre as dez maiores multinacionais do mundo


As parceiras chinesas das empresas portuguesas Galp e Ren – a Sinopec e a State Grid, respetivamente – estão entre as dez maiores companhias do planeta, segundo a classificação da revista norte-americana Fortune divulgada hoje.     Na última lista anual da "Fortune 500", elaborada em função das receitas de 2011, a China ascendeu ao segundo…


As parceiras chinesas das empresas portuguesas Galp e Ren – a Sinopec e a State Grid, respetivamente – estão entre as dez maiores companhias do planeta, segundo a classificação da revista norte-americana Fortune divulgada hoje.

    Na última lista anual da "Fortune 500", elaborada em função das receitas de 2011, a China ascendeu ao segundo lugar, com 73 empresas, mais doze do que em 2010 e mais cinco do que o Japão, que passou para a terceira posição.

    Além da Sinopec e da State Grid, que ocupam o 5.º e o 7.º lugares, respetivamente, há outra empresa estatal chinesa entre as dez maiores, a China National Petrolium (6.º lugar).

    Há uma década, havia apenas 11 empresas chinesas na "Fortune 500", realçou a revista.

    A lista deste ano é encabeçada pela anglo-holandesa Royal Dutch Shell, cujas receitas aumentaram 28,1 por cento em 2011, para 484,5 mil milhões de dólares (394,5 mil milhões de euros).

    A norte-americana Wal-Mart, que nos dois últimos anos liderou a "Fortune 500", desceu para o terceiro lugar, atrás da Exxon Móbil, também dos Estados Unidos.

    No último ano, a State Grid comprou 25 por cento da Ren (Redes Energéticas Nacionais) por 287 milhões de euros e a Sinopec investiu 4,8 mil milhões de dólares (3,81 mil milhões) na Petrogal Brasil.

    Uma outra empresa chinesa, a China Three Gorges pagou ao Estado português 2,7 mil milhões de euros por 21,35 por cento do capital da Edp, tornando-se o maior acionista da elétrica portuguesa.

"Foi um facto não frequente na União Europeia e que mostra a diferença de Portugal: três grandes companhias chinesas conquistaram posições em grandes companhias portuguesas, num processo transparente e competitivo, em que ganhou quem apresentar a melhor proposta", salientou, na semana passada, em Pequim o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas.

    Segunda maior economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, a China tem as maiores reservas cambiais do planeta, estimadas em 3,2 biliões de dólares (2,6 biliões de euros).