Os deputados da oposição resolveram utilizar as alegorias das histórias de contos de fadas para exemplificar a atuação do ministro da Economia nas suas políticas para o país, nomeadamente ao nível do emprego e investimento.
O deputado do Partido Socialista Paulo Figueiredo acusou Álvaro Santos Pereira de ser "a Alice no país das maravilhas", enquanto Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, disse que o ministro pergunta todos os dias "espelho meu, espelho meu, há algum ministro melhor do que eu?".
Tudo isto para a oposição acusar Álvaro Santos Pereira, que estar a ser ouvido na comissão de Economia no parlamento a pedido do PCP, de não ter resposta para o aumento do desemprego, nomeadamente no setor da construção, no aumento das falências das empresas e com "resultados absolutamente negativos na execução orçamental", conforme afirmou Paulo Figueiredo.
Já Paulo Campos, deputado do PS, foi perentório a afirmar que Álvaro Santos Pereira "se transformou do ministro da Economia e do Emprego no ministro do desemprego e da pobreza".
O deputado do PCP Agostinho Lopes disse que o ministro da Economia veio à comissão de Economia sem "trazer uma análise ao setor da construção", nem ideias para apresentar ao nível da recuperação de tesourarias das Pequena e Médias Empresas, perguntando qual poderá ser o papel da Caixa Geral de Depósitos nesta matéria.
Agostinho Lopes questionou o ministro se é opção do Governo "apostar no saneamento do setor da construção", que vale 18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 700 mil postos de trabalho.
"Há empresas a falir porque o Estado não lhes paga", afirmou o deputado do PCP, dando o exemplo de empresas como a FDO ou a ABB.
Paulo Figueiredo, do PS, acusou o ministro da Economia de apresentar "anúncios atrás de anúncios", mas que a política do Governo não está a resultar, sendo que Paulo Campos, também do PS, precisou que "está a matar o setor da construção e imobiliário com mais de 400 novos desempregados por dia".
Perante estas críticas, Álvaro Santos Pereira contra-atacou acusando os governos socialistas de serem "um fracasso" em que se fomentou "a maior dívida pública da nossa história", acrescentando que o atual Governo teve "a coragem, desde o princípio, de contar a verdade aos portugueses".