O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, sugeriu hoje como exemplo para o seu país o ano suplementar de margem concedido à Espanha para cumprir os seus objetivos de redução do défice, enquando a 'troika' de credores internacionais continua a avaliar o cumprimento do plano de resgate financeiro.
"A dimensão da recessão justifica que, à semelhança da Espanha que conseguiu uma extensão, solicitemos uma prorrogação, mas ainda é cedo", assinalou Stournaras em conferência de imprensa durante a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).
Stournaras transmitiu esta pretensão aos seus parceiros da Zona Euro durante a reunião de segunda-feira do Eurogrupo.
"Todo o mundo aceita em privado que é razoável um alargamento, mas que supõe determinadas dificuldades que terão de ser clarificadas com a 'troika' enviada ao país e composta pelo Banco Central Europeu [BCE], Comissão Europeia [CE] e Fundo Monetário Internacional [FMI]", explicou.
O ministro helénico considerou "justo" um eventual prolongamento pelo facto de Atenas estar a "fazer o possível" para cumprir as exigências impostas pela 'troika' em troca do segundo resgate financeiro do país, avaliado em 130 mil milhões de euros.
Em paralelo, o ministro assinalou que a Grécia está a negociar com a BCE e a CE "soluções" para poder cumprir o pagamento das suas obrigações em agosto, para que o país não necessite de mais ajuda externa até setembro.
Esta madrugada, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse que "a solução encontrada permite [à Grécia] não ter problemas em agosto".
O novo governo de coligação apenas receberá a próxima fatia de ajuda (1.000 milhões de euros), incluída na anterior verba de 5.200 milhões de euros que deve ser entregue regularmente ao país no âmbito do empréstimo, após a aprovação pela Zona Euro do plano de reformas da Grécia.