O ex-secretário de Estado Costa Pina classificou hoje como "um não assunto" o eventual interesse do líder da Bragaparques, Domingos Névoa, e do ex-administrador Alípio Dias na compra do Banco Português de Negócios (BPN).
A questão dos critérios sobre as entidades contactadas no ano passado para a venda direta do BPN, após as negociações com a ´troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) foi levantada pelos deputados João Almeida (CDS) e por Honório Novo (PCP) na comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização e reprivatização do BPN.
"É um não assunto", comentou Carlos Costa Pina já ao fim de mais de cinco horas de audição na comissão de inquérito.
Perante João Almeida, o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças dos executivos de José Sócrates afirmou várias vezes desconhecer a inclusão de Domingos Névoa entre os potenciais compradores do banco, apesar de o deputado do CDS-PP contrapor que o nome do presidente da Braga parques consta dos documentos enviados pelo Ministério das Finanças para a comissão de inquérito.
Honório Novo voltou a este tema e juntou mais nomes controversos à lista de potenciais compradores do banco, casos do ex-administrador Alípio Dias e de Aníbal Ribeiro.
O ex-secretário de Estado apenas assumiu conhecer o gestor Alípio Dias, mas assegurou que nunca falou com ele sobre assuntos relacionados com o BPN.
"A venda do BPN foi reservada a instituições com perfil financeiro para poder acomodar o banco e preservar a instituição. Na lista que me foi dada pelo Caixa Banco Investimento [da CGD] figuram as entidades que podiam figurar e só figuram instituições de natureza financeira", respondeu.
Dos vários nomes referidos por Honório Novo, Carlos Costa Pina disse que "não há nenhum" que conheça pessoalmente, exceção feita a Alípio Dias.