Bastonário. OTOC negociou com Governo adiamento da entrega da IES até 31 de Julho


O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) disse hoje à Lusa que negociou com o Governo o adiamento do prazo de envio da Informação Empresarial Simplificada (IES) até 31 de julho, uma data que considera “exequível”. “As coisas não correram realmente da melhor maneira este ano”, na medida em que “foi um…


O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) disse hoje à Lusa que negociou com o Governo o adiamento do prazo de envio da Informação Empresarial Simplificada (IES) até 31 de julho, uma data que considera “exequível”.

“As coisas não correram realmente da melhor maneira este ano”, na medida em que “foi um ano de junção de diversas entidades com alguma complicação de gestão em termos de administração tributária, mas é exequível [prolongar o prazo de entrega do IES] até 31 de julho”, afirmou o bastonário da OTOC, Domingues de Azevedo.

Os esclarecimentos da OTOC surgem na sequência de um comunicado enviado esta manhã pelos Técnicos Oficiais de Contas (TOC) sobre o lançamento de uma petição pública para que o prazo de envio da IES seja alargado até setembro, denunciando erros no ficheiro disponibilizado pelas Finanças para a entrega.

Domingues Azevedo esclareceu que “este grupo não representa os profissionais da Ordem” sendo que “mais de metade nem são TOC”, pelo que as informações que divulgam enquanto TOC não devem ser consideradas fidedignas.

O bastonário confirmou, efetivamente, alguns atrasos no sistema informático, mas disse ter “a garantia [da Autoridade Tributária e Aduaneira] que os formulários neste momento em vigor irão manter-se” até ao final de julho, conforme solicitado pela OTOC junto do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio.

“Penso que neste momento não há alternativa a não ser adiar até 31 de julho porque as coisas estarão ainda muito atrasadas, e não por culpa dos profissionais. Mas uma coisa é 31 de julho, outra coisa é adiar para setembro. Isso seria deixar Portugal fora das informações europeias e em momentos de crise isso é impensável”, sublinhou Domingues de Azevedo.