Ministra finlandesa garante em Bruxelas “compromisso” com o euro


A ministra das Finanças finlandesa assegurou hoje em Bruxelas, à chegada à reunião de ministros das Finanças da zona euro, que a Finlândia está comprometida com o euro e quer contribuir para a resolução da crise. A chegada de Jutta Urpilainen à reunião do Eurogrupo que decorre na capital belga foi seguida com particular interesse…


A ministra das Finanças finlandesa assegurou hoje em Bruxelas, à chegada à reunião de ministros das Finanças da zona euro, que a Finlândia está comprometida com o euro e quer contribuir para a resolução da crise.

A chegada de Jutta Urpilainen à reunião do Eurogrupo que decorre na capital belga foi seguida com particular interesse pela imprensa internacional, depois de vários sinais dados por Helsínquia de um recuo relativamente às decisões tomadas na última cimeira europeia, de 28 e 29 de junho, designadamente uma pretensa oposição à possibilidade de os mecanismos de estabilidade comprarem títulos de dívida nos mercados secundários e imposição de condições à recapitalização da banca espanhola.

“Quero apenas sublinhar o nosso compromisso com o euro e afirmar que estamos em busca de medidas para resolver a crise de uma maneira efetiva”, limitou-se a dizer à chegada à reunião dos 17.

Na passada sexta-feira, o jornal Kauppalehti, de Helsínquia, publicou uma entrevista com a ministra finlandesa, na qual esta afirmava que, apesar de a Finlândia estar "empenhada em fazer parte da zona euro", o país não está disposto a pagar um preço qualquer, pelo que está preparado para enfrentar qualquer cenário, incluindo abandonar a moeda única europeia.

No mesmo dia, um assessor de Urpilainen garantiu à agência Bloomberg que as ameaças sobre a saída do país da zona euro atribuídas à ministra eram “falsas”.

Vários líderes políticos têm no entanto criticado as posições assumidas por alguns países, designadamente Finlândia e Holanda, de aparente volte-face relativamente às decisões acordadas pelos chefes de Estado e de Governo poucos dias antes, tendo o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmado na passada sexta-feira que todos os governos devem respeitar “os compromissos assumidos ao mais alto nível, pelos chefes de Estado e de Governo”.