A Associação Europeia de Médicos Hospitalares escreveu ao ministro da Saúde e ao primeiro-ministro a demonstrar a sua “preocupação” pelos recentes desenvolvimentos no setor da saúde em Portugal, a defender a qualidade dos cuidados e a segurança dos doentes.
Numa missiva enviada a Paulo Macedo e a Pedro Passos Coelho, a associação lembra que “a saúde é sempre um bom alvo de medidas com vista à poupança de custos, mas devemos lutar, por todos os meios, pela qualidade dos cuidados e a segurança dos doentes”.
A preocupação da Associação Europeia de Médicos Hospitalares (AEMH) estende-se à aquisição de 2,5 milhões de horas de serviços médicos – através de um concurso que, entretanto, foi reduzido para 1,9 milhões – que acarreta um elevado risco para a segurança dos doentes e acaba com o trabalho de equipa.
A associação apoia os médicos portugueses e a reivindicação de serem respeitadas as carreiras médicas que, sublinha, é “a única forma de garantia de qualidade.
A luta dos médicos por boas condições de trabalho e remuneração adequada – que na quarta-feira e quinta-feira realizam uma greve – merece o apoio da AEMH.
Esta organização mostra-se confiante de que ambos os governantes vão ouvir os profissionais com vista a, juntos, atingirem a “estabilidade na prestação dos cuidados de saúde em Portugal”.
