Governo espanhol pede calma perante novo aumento do risco da dívida, juros acima dos 7%


O Governo espanhol pediu hoje “serenidade” perante o aumento do risco da dívida de Espanha – depois dos juros a 10 anos terem voltado a superar a barreira dos sete por cento – prometendo que a agenda de reformas continuará nas próximas semanas. A vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou hoje, depois da…


O Governo espanhol pediu hoje “serenidade” perante o aumento do risco da dívida de Espanha – depois dos juros a 10 anos terem voltado a superar a barreira dos sete por cento – prometendo que a agenda de reformas continuará nas próximas semanas.

A vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou hoje, depois da reunião do Conselho de Ministros, que o Governo vai aprovar “uma série de mudanças profundas para garantir a consolidação fiscal” e que Espanha se consolida como um país mais competitivo.

Relembrou ainda, em declarações aos jornalistas, que a última cimeira europeia marcou uma linha de atuação a curto, médio e longo prazo para conseguir a estabilidade do euro em todas as suas vertentes.

Escusou-se, porém, a opinar sobre se o BCE deveria ou não comprar dívida soberana nos mercados secundários.

Em qualquer caso, disse, que “há que manter a serenidade” perante os aumentos do risco da dívida, sendo que o Governo aprovará mais reformas porque são "imprescindíveis".

A rentabilidade dos títulos espanhóis a 10 anos voltou hoje a ultrapassar a barreira dos 7 por cento, nível que é considerado insustentável a médio prazo, com o risco da dívida – medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos – a atingir os 562 pontos base.

É a primeira vez que o nível dos 7 por cento foi passado desde a última cimeira europeia.