O Brasil é o quinto país no "ranking" mundial de investimento estrangeiro direto, de acordo com os dados de 2011, divulgados hoje pela agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
A lista da UNCTAD tem por base o levantamento do Relatório Mundial de Investimento 2012 (World Investiment Report, WIR 2012). Em 2010, o Brasil ocupava o oitavo lugar no "ranking" mundial do investimento estrangeiro direto e, em 2009, estava na 14.ª posição.
Segundo o documento da agência das Nações Unidas, o Brasil recebeu, em 2011, o equivalente a 66,7 mil milhões de dólares (cerca de 52,5 mil milhões de euros), de investimento estrangeiro direto, o que representa um aumento de 37,4 por cento em relação aos 48,5 mil milhões de dólares de 2010 (perto de 38,6 mil milhões de euros).
À frente do Brasil, em 2011, mantiveram-se os Estados Unidos, China, Bélgica e Hong Kong, como recetores de investimento estrangeiro direto, mas, na subida ao 5.º lugar do "ranking", o Brasil ultrapassou Singapura, Reino Unido e Ilhas Virgens, que estavam à sua frente no ano anterior.
Com este salto no "ranking" mundial, o Brasil passou a responder por 4,4 por cento do fluxo mundial de investimento em 2011, perante os 3,7 por cento de 2010.
Em 2006, no período anterior à crise económica e financeira mundial, o Brasil recebia apenas 1,3 por cento do investimento estrangeiro direto feito a nível mundial.
Segundo a UNCTAD, porém, o cenário pode vir a inverter-se nos próximos dois anos.
No inquérito ao painel da agência das Nações Unidas sobre os destinos preferenciais de investimento até 2014, composto por 600 investidores em economias estrangeiras, quando se consideram as expetativas entre 2012 e 2014, admite-se que o Brasil possa cair uma posição no "ranking", de quarto para quinto lugar.
O relatório da UNCTAD também aponta para um menor crescimento do investimento estrangeiro direto na América Latina, até 2014, e para um aumento, em África.