Secretário de Estado lamenta politização de debate sobre mercado de trabalho


O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, lamentou hoje que o debate em torno do mercado de trabalho seja politizado, e apelou à participação dos investigadores académicos para contrariar essa tendência. “É um pouco desapontante, sobretudo para quem encara estas questões com uma perspetiva mais internacional, a dimensão ainda razoavelmente ‘politicizada’ com que o…


O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, lamentou hoje que o debate em torno do mercado de trabalho seja politizado, e apelou à participação dos investigadores académicos para contrariar essa tendência.

“É um pouco desapontante, sobretudo para quem encara estas questões com uma perspetiva mais internacional, a dimensão ainda razoavelmente ‘politicizada’ com que o debate sobre questões relacionadas com o mercado de trabalho está atualmente confrontado”, afirmou o secretário de Estado no encerramento da conferência “1986-2010: A Economia Portuguesa na União Europeia”, na Fundação de Serralves, no Porto.

Pedro Martins, que deixou a Universidade de Londres para integrar o Governo em 2011, disse que o “contributo por parte dos investigadores desapaixonados, mas interessados em questões relacionadas com as políticas públicas, pode ser extremamente importante”.

O acesso a uma base de dados vasta por parte dos investigadores nacionais “pode ser um exercício extremamente útil que ajude a ultrapassar esta politização”, acrescentou o secretário de Estado, que falava depois da intervenção do professor da Universidade do Minho Luís Aguiar-Conraria, que, para abordar as previsões dos próximos 25 anos da economia portuguesa, chegou a colocar uma bola de cristal ao lado do palanque.

Essa politização, disse Pedro Martins, “acaba por ter efeitos negativos em termos de se chegar às políticas mais apropriadas para resolver” os problemas do país.

Pedro Martins referiu, ainda, que a crise económica “vem enfatizar a importância do domínio da economia”, sendo que, “mais do que nunca, é preciso ter presentes matérias de ordem de grandeza em relação a questões económicas”.