A Coligação Democrática Unitária (CDU) vai apresentar na reunião plenária da Câmara do Porto a sua oposição ao encerramento do Hospital Joaquim Urbano e à fusão em curso do Metro com os STCP, conforme comunicado enviado à Agência Lusa.
As propostas vão ser apresentadas ma reunião camarária de terça-feira pelo vereador da CDU, Pedro Carvalho.
Para justificar a posição quanto ao hospital, a CDU lembra que, desde que foi construído, em 1884, tem assumido "um importante papel no tratamento de doenças infeciosas, designadamente em situações de epidemia, como seja o caso da Sida, das tuberculoses e das hepatites".
Este papel, acrescenta, tem sido reforçado ao longo dos anos com a abertura de mais serviços e unidades, para o que foram mobilizados "avultados investimentos públicos".
A CDU acrescenta que "a atividade deste hospital só é possível pelo fato das suas características proporcionarem um contacto direto muito próximo com os seus doentes, face ao estigma com que socialmente são encarados".
Termina com a recordação de que a autarquia já tinha aprovado uma moção, em 18 de abril de 2006, onde se considerava que "o encerramento do Hospital Joaquim Urbano se traduzirá, objetivamente, num empobrecimento dos serviços de saúde da Cidade do Porto".
Sobre os transportes urbanos, a CDU quer que o Governo e a Junta Metropolitana do Porto resolvam "de forma célere" a situação que classifica de impasse em torno da nomeação das administrações das empresas Metro do Porto e SCTP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto).
Reclama ainda que o Executivo "cumpra os compromissos financeiros que tem com o serviço público de transportes do Porto".
Depois de manifestar a sua oposição ao "desmantelamento do serviço público de transportes coletivos e sua privatização", a coligação do PCP com Os Verdes sustenta que "a mobilidade de quem vive e trabalha no Porto está a ser posta em causa".
Para justificar a afirmação, menciona "os aumentos brutais de tarifários", as "reestruturações em curso na STCP" e ainda "o desinvestimento do Estado na continuação do alargamento da rede do Metro do Porto".
