Associações de pais lamentam encurtamento de prazo de prova escolar sem consulta


 


 

O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) afirmou hoje lamentar "profundamente" que o governo tenha decidido encurtar o prazo para a entrega da prova escolar, sem consultar ninguém, o que considerou "inaceitável".

Em declarações à agência Lusa, Albino Almeida afirmou que a decisão do Instituto de Segurança Social, que antecipou de 31 de outubro para 31 de julho o prazo para entrega da Prova Escolar para renovar abonos de família e bolsas de estudo, é "inaceitável" e "revela uma visão de missão sagrada do governo, em que se escusa de envolver os destinatários das medidas que não sabe explicar nem aplicar".

"Não nos foi dada a conhecer", afirmou, referindo-se à mudança do prazo, que presumiu "ter a ver com os estudantes estarem inscritos obrigatoriamente no Ensino Secundário", com o alargamento da escolaridade obrigatória.

Albino Almeida escusou-se a fazer mais comentários, acrescentando que a postura "transversal a todo o governo" faz lembrar "o tempo do presidente do Conselho Oliveira Salazar", no sentido em que não são justificadas as decisões.

"Lamentamos que seja este o caminho que o país está a seguir", reforçou.