Metro do Porto. Líderes socialistas de Porto e Gaia criticam “novela que parece não chegar ao fim”


O presidente da distrital socialista do Porto e os responsáveis pelas concelhias de Porto e Gaia daquele partido criticaram hoje, numa posição conjunta, a "novela que parece não chegar ao fim" na Metro do Porto e exigiram explicações. O presidente da federação distrital portuense do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, reiterou o pedido de…


O presidente da distrital socialista do Porto e os responsáveis pelas concelhias de Porto e Gaia daquele partido criticaram hoje, numa posição conjunta, a "novela que parece não chegar ao fim" na Metro do Porto e exigiram explicações.

O presidente da federação distrital portuense do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, reiterou o pedido de esclarecimento ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sobre “a razão pela qual não cumpriu o acordo que estabeleceu com a Junta Metropolitana do Porto (JMP) e que explique se esse incumprimento da palavra dada em nome do Estado português se deve, como afirmou o [presidente da Câmara do Porto] Rui Rio, à pressão de interesses vindos de dentro do próprio Governo”.

O presidente da concelhia do PS no Porto, Manuel Pizarro, disse, por seu lado, que são “percetíveis as especiais responsabilidades que a Câmara de Gaia e os seus autarcas tiveram em todo este processo”, acrescentando que o vice-presidente gaiense, Firmino Pereira, “sabia que os representantes do Governo não seriam autorizados a tomar parte na assembleia-geral” da Metro do Porto, tal como veio a acontecer.

A assembleia-geral da Metro do Porto, agendada para sexta-feira com o objetivo de eleger os novos órgãos sociais, foi suspensa por 15 dias, devido à ausência do representante do Estado, mantendo-se Ricardo Fonseca na presidência do conselho de administração.

A situação verificou-se horas depois de a Junta Metropolitana do Porto (JMP) ter aprovado o nome de João Velez de Carvalho, proposto pelo Governo, para a presidência do conselho de administração daquela empresa.

Hoje de manhã, Manuel Pizarro disse aos jornalistas, à margem de um encontro sobre o Solar do Vinho do Porto, que Álvaro Santos Pereira perdeu as condições para continuar a exercer o cargo e afirmou, questionado sobre um possível diferendo entre Porto e Gaia, que, “porventura, o Governo pode estar transformado numa espécie de comissão eleitoral” do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes.

Na posição conjunta hoje divulgada, o presidente da concelhia de Gaia do PS, Eduardo Vítor, considera que o interesse da Metro do Porto e da JMP “não é compatível com a transformação destas instâncias em patamares de lutas de lugares” quer dentro do Governo quer dentro da Junta Metropolitana.

Por seu lado, o ministro da Economia desdramatizou no sábado o adiamento da eleição na Metro do Porto e considerou que o consenso necessário para a escolha dos nomes será alcançado até à próxima assembleia-geral.

O atual conselho de administração, cujo mandato já terminou em dezembro de 2010, pediu a demissão em bloco em finais de maio, quando da última assembleia-geral da empresa, com efeitos a partir do fim de junho, por não terem sido nomeados os novos órgãos sociais.