O presidente do Infarmed, a autoridade nacional do medicamento, vai abandonar o cargo a seu pedido e entrará em funções um novo conselho de administração mais reduzido, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.
Contactada pela Lusa, a fonte não revelou quando entrará em funções a nova administração, que passará de cinco para três elementos, conforme estabelecido na nova lei orgânica, já publicada.
O desenrolar do processo depende ainda do novo estatuto, que deverá ser aprovado nos próximos dias, acrescentou, indicando que nessa altura é que se saberá como fica composto o conselho de administração do Infarmed e se haverá recondução de membros ou não.
A saída do presidente do Infarmed, Jorge Torgal, é hoje avançada pelo jornal Público, que adianta também futuras alterações nas regras de um concurso contestado pelos médicos.
“A reformulação de um concurso público internacional para aquisição de serviços médicos é uma hipótese que o ministro admite, portanto deixa de haver razão para a greve dos médicos”, disse a fonte.
“O ministro mostra-se disponível para acertar com os médicos a reformulação desse concurso público”, disse, acrescentando que Paulo Macedo reconhece “algumas insuficiências na forma” como o processo foi instaurado. “São questões formais”, frisou.
O jornal diz ainda que, perante a primeira greve dos médicos dos últimos anos, o ministro “abre a porta a mudanças nas carreiras médicas, mas sem reflexos na grelha salarial, ao contrário do que pretendem os clínicos”.