O grupo parlamentar do PS-Madeira considerou hoje que o CDS-M e o PSD-M "são irmãos siameses", dizendo que os populares representam "um partido de duas caras e dois discursos", um na região e outro na República.
Em comunicado distribuído no Funchal, os deputados socialistas censuram a postura adotada pelo CDS, que contribuiu hoje para a "recusa do "pedido de audição imediata feito pelo PS para que o Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, fosse ouvido por causa do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro" feito na Assembleia da República.
Sustenta o PS-M que o CDS "por mais palavras mansas que pregue e ideias claras que diga ter, na verdade, está, de alma e coração, com toda a convicção, ao lado do PSD, quais gémeos siameses, nas atitudes e ações políticas em claro prejuízo para a população da Região Autónoma da Madeira".
Aponta que esta semana também "recusaram, na Assembleia da República, ouvir, sob proposta do PS a Autoridade da Concorrência (AdC) e a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a propósito do Jornal da Madeira, isto quando na semana passada haviam afirmado exatamente o contrário".
"Ou seja: o líder do CDS-M recuou e acabou por dar o dito por não dito, ficando, assim, mais uma vez ao lado do PSD e de Alberto João Jardim", argumenta o grupo parlamentar do PS madeirense.
Acrescenta que "hoje, novamente, em São Bento, o CDS mostrou quão vãs são as suas palavras, pois, qual "Frei Tomás" bem prega, na Madeira, mas, na hora da verdade, as suas ações e decisões, na República, bem revelam a ‘união de facto' existente com o PSD".
"Em síntese: o CDS-PP não se preocupa realmente com o bem-estar dos madeirenses e porto-santenses, não quer de facto que seja feita uma avaliação ao PAEF, e está cada vez mais igual ao PSD: não passa dum partido de demagógicas promessas, que para enganar o povo, na Madeira e Porto Santo, tudo promete fazer e resolver, quando nada acontece pois tudo fica exatamente igual ao que estava", conclui o comunicado.