Passos Coelho: não faz sentido penalizar portugueses por mais tempo se for possível cumprir programa


 


 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, voltou hoje a demonstrar confiança no cumprimento dos objetivos do acordo de ajuda externa com a 'troika', advertindo que mais tempo para a sua aplicação representaria uma maior penalização para os portugueses.

"Não faz sentido estar a penalizar os portugueses por mais tempo e manter a nossa dependência orçamental por mais tempo se for possível cumprir o nosso programa atingindo as nossas metas. É por isso que estou a lutar, o Governo está a lutar, e os portugueses estão a fazer grandes sacrifícios", disse Passos Coelho em Bruxelas, no final de um Conselho Europeu de dois dias.

Reiterando a vontade de "preservar o país de assistência" mais prolongada e novos condicionalismos e medidas de austeridade, sobre as quais voltou a dizer não querer "especular", o primeiro-ministro sublinhou, contudo, que "se a realidade mostrar que há condições que mudam o suficiente" para que seja necessária uma outra leitura, esta será analisada.

"Temos de utilizar toda a margem orçamental que ainda temos para evitar que os portugueses tenham de observar medidas adicionais que tivessem de ser adotadas para garantir estas metas", sustentou ainda Pedro Passos Coelho.

"Se entender que outras medidas são necessárias, o Governo não deixará de as comunicar ao país, na medida em que está consciente que a pior coisa que podia acontecer a Portugal era uma perda de credibilidade associada a um processo de degradação das condições do nosso processo de ajustamento", lembrou também.