Fenprof contra calendário escolar e “castigos” a meninos que “chumbam na 4.ª classe”


A Federação Nacional dos Professores opôs-se hoje ao projeto de calendário escolar do Ministério da Educação, que afirmou estar cheio de erros repetidos de anos anteriores e com novidades que são "castigos" para os alunos. Em comunicado, a Fenprof indicou que o projeto de despacho enviado aos sindicatos repete "o erro" de continuar a ajustar…


A Federação Nacional dos Professores opôs-se hoje ao projeto de calendário escolar do Ministério da Educação, que afirmou estar cheio de erros repetidos de anos anteriores e com novidades que são "castigos" para os alunos.

Em comunicado, a Fenprof indicou que o projeto de despacho enviado aos sindicatos repete "o erro" de continuar a ajustar o calendário das aulas com o calendário religioso, "sem ter em conta a duração dos períodos, por vezes desajustados, com longa duração e sem qualquer paragem intermédia".

Quanto ao que o Ministério chama "acompanhamento extraordinário", e que consiste na extensão das aulas no primeiro ciclo do ensino básico até julho para os alunos com baixo aproveitamento, a Fenprof discorda do que está por trás: a realização de uma prova final a alunos "de graus etários muito baixos".

Usando a terminologia do antigo regime, a Fenprof acusa a tutela de querer introduzir "um castigo para os meninos que 'chumbarem' no 'exame da 4ª classe'".

O ministério "impõe regras" às escolas, considera a Fenprof, quer na questão do acompanhamento extraordinário quer no prolongamento do final dos períodos na educação pré-escolar, que ficarão desencontrados dos do ensino básico e "nem sequer corresponde ao interesse das crianças e das famílias".