A história não é nova, remontando a 1993, quando oficialmente foram criadas as Rotas do Vinho, mas a verdade é que cada vez mais os produtores de vinhos estão a descobrir como é interessante explorar outros caminhos, aproveitando as potencialidades das suas quintas e herdades: o enoturismo.
No Alentejo visitei muito recentemente alguns produtores (Herdade dos Grous, Malhadinha Nova e Casa de Santa Vitória/Hotel Vila Galé) que apostaram nesse negócio e de que muito brevemente darei conta no suplemento LiV de fim-de-semana. Já antes tinha passado no interessante projecto Land Vineyards e provado os vinhos de PauloLaureano e também tinha dado conta da renovação operada nas instalações do Enoturismo da Herdade do Esporão. O Alentejo lidera em número de unidades do género (com ou sem alojamento), não esquecendo um evento de grande alcance cultural que vai ter lugar no próximo fim-de-semana na Herdade Cortes de Cima, perto da Vidigueira, o 10º Concerto Anual de Verão onde os vinhos da família Jorgensen se ligam à música ou ao canto lírico.
A segunda região com maior número de projectos é o Douro e ainda há bem pouco tempo mostrámos o novo Hotel Rural da Quinta do Vallado. No entanto em todas as regiões vinícolas, de norte a sul, o enoturismo cresce e dinamiza a economia local e regional. O futuro precisa de ser pensado com cuidado para que não se entorte, como tanta coisa em Portugal. Há provavelmente espaço para mais projectos, mas não podem ser levados para a frente só porque há dinheiro disponível, porque é giro, ou porque sim. Sob pena dos maus acabarem por também contaminar e matar os bons.