Lisboa, 27 abr (Lusa) — A Deco defendeu hoje que todos os mecanismos que possam ser criados para renegociar os créditos à habitação das famílias serão mais favoráveis à economia do que permitir que processos por incumprimento cheguem aos tribunais.
“Essa deve ser a grande preocupação neste momento: criar mecanismos para ajudar as famílias numa fase extra judicial”, disse à Lusa Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, a propósito das cinco medidas apresentadas na quinta-feira pelo Partido Socialista (PS) para ajudar as famílias em dificuldades no pagamento das prestações da casa.
Três das medidas propostas destinam-se à prevenção ao incumprimento, começando pela constituição de um fundo de garantia de crédito à Habitação, recupera a ideia de medidas como a moratória para desempregados, que já existiu em 2009, e que pressupõe um período de carência durante dois anos, em que os beneficiários da medida apenas pagam os juros do empréstimo.