Líbia: O empresário português e a pulseira do combatente líbio


Tripoli, 20 mar (Lusa) — O empresário Manuel Castelo-Branco aterrou na Líbia em 2011 por causa do “potencial interessante” do país onde agora faz negócios com uma pulseira da “Líbia Livre” oferec


Tripoli, 20 mar (Lusa) — O empresário Manuel Castelo-Branco aterrou na Líbia em 2011 por causa do “potencial interessante” do país onde agora faz negócios com uma pulseira da “Líbia Livre” oferecida por um combatente a quem perdeu o rasto.


“Eu estava no aeroporto que tinha acabado de abrir aqui em Tripoli e comecei à conversa com um soldado que me contou que tinha abandonado o banco onde trabalhava como consultor sénior para ir combater pela revolução. Ficámos ali um bocado à conversa e no final ele deu-me esta pulseira com a bandeira da ‘Líbia Livre’ que eu uso religiosamente sempre que venho a este país. Não sei o que é feito desse homem mas tenho a pulseira, o que já não é mau”, recorda Castelo-Branco enquanto mostra a bracelete de borracha com as cores da nova bandeira: vermelha, preta e verde com o crescente e uma estrela de cinco pontas a meio.


“Eu sempre me recusei a vir aqui no regime de Kadhafi por várias razões, mas sobretudo porque os processos de decisão não eram transparentes e porque a própria personagem me criava algum tipo de amargura. E, portanto, vivi esta revolução como fazendo parte da nova Líbia e, por isso, uso a pulseira com convicção”, afirma o administrador da Reditus, uma empresa de tecnologias de informação.