“Le Monde Diplomatique”. Nova edição chega hoje às bancas


A edição portuguesa do “Le Monde Diplomatique” chega hoje às bancas com um novo formato, papel e grafismo. Para além disso, o jornal de peridiocidade mensal também duplicou o seu número de páginas, passando agora a ter 48. O objectivo é simples: “Apresentar uma publicação mais manuseável e, sobretudo, mais fácil de ler”, explica ao…


A edição portuguesa do “Le Monde Diplomatique” chega hoje às bancas com um novo formato, papel e grafismo. Para além disso, o jornal de peridiocidade mensal também duplicou o seu número de páginas, passando agora a ter 48.

O objectivo é simples: “Apresentar uma publicação mais manuseável e, sobretudo, mais fácil de ler”, explica ao i a directora do “Le Monde Diplomatique” em Portugal. “A nova forma de ler, associada ao aumento da área impressa, apropria-se mais ao ritmo dos textos, em que se procura abordar a informação com profundidade”, acrescenta Sandra Monteiro.

Contudo, e tal como acontece em 27 línguas e 84 edições estrangeiras, o “Le Monde Diplomatique” em português dedica-se à actualidade nacional e internacional, à informação nas áreas política, económica, social, cultural e ambiental. “Criticamos todas as engenharias geradoras de crises, sofrimento social e desastre económico com que o neoliberalismo vem destruindo o nosso viver comum. Mas é também obrigatório dar a devida importância ao papel do campo mediático na formação da opinião pública”, diz Sandra Monteiro.

Como tal, na edição portuguesa existe uma dupla abordagem sob o campo mediático: a teórica e a prática. “Da primeira fazem parte as análises e reflexões que publicamos sobre o que observamos; na segunda inscreve-se o próprio modelo cooperativo de produção que escolhemos para este projecto e que, por muitas dificuldades e imperfeições que tenha, nos permite surgir no panorama da informação com uma voz própria, autónoma, independente de todos os poderes”, afirma a directora da publicação.

O jornal conta com uma rede internacional de jornalistas, investigadores académicos, sindicalistas, escritores e artistas visuais para a produção dos seus artigos, apostando no pluralismo de informação. “Pretendemos criar uma ligação mais coesa entre este outro modo de fazer que praticamos e o outro modo de ler que agora propomos aos leitores, aos de sempre e aos novos. A eles caberá avaliar a experiência que lhes propomos. Outras virão”, sublinha Sandra Monteiro.

Em Setembro de 2006 foi criada a cooperativa cultural Outro Modo, por iniciativa de algumas dezenas de pessoas, com o objectivo de relançar o “Le Monde Diplomatique” em Portugal, cuja publicação foi suspensa em Abril de 2006, após sete anos de ininterrupta publicação mensal.

Agora, na renovada edição do mês de Março, são abordadas várias temáticas, como por exemplo: “A Europa da «austeridade» contra a democracia”; “A indústria, alicerce do poder” ou “Percursos africanos em Portugal”.

Para a sessão de lançamento da publicação estarão presentes João Galamba, António Filipe e José Manuel Pureza. O encontro será às 18h00, no auditório do CIUL/CES Lisboa, no Picoas Plaza. Durante o encontro os presentes vão debater o tema: “Portugal na Europa da austeriedade e do novo tratado europeu”.