Fez ontem um ano que Miguel Pais do Amaral comprou 10% da Media Capital (grupo que detém a TVI) à Prisa (Promotora de Informaciones Sociedad Anónima), um negócio que rondou os 35 milhões de euros.
Para além dos 10%, o acordo entre a PortQuay (empresa sediada em Amesterdão, controlada por Pais do Amaral) e o grupo empresarial espanhol incluia ainda uma opção de compra sobre mais 19,69% do capital social da Media Capital. Como tal, o contrato celebrado entre as duas empresas previa que a PortQuay pudesse ainda comprar 16.640.645 acções da Media Capital, (correspondentes a 19,69%) do respectivo capital e direitos de voto, “que deve ser exercida no prazo de doze meses a contar da data de celebração do contrato”.
Contudo, passado um ano, o i sabe que o sétimo conde da Anadia terá decidido não efectuar esta aquisição.
Porém, se Pais do Amaral tivesse avançado com a compra dos 19,69% teria aumentado a sua participação para 29,69% das acções. Nesse caso, o empresário teria de pagar mais de 103 milhões de euros à Prisa, pelo total das acções adquiridas.
No entanto, se não exercesse a opção de compra de mais 19,69% da Media Capital, a Prisa teria direito de voltar a adquirir os 10% que alienou.
Pais do Amaral já quis comprar 30% da Media Capital Em Março de 2010, o empresário português estava em negociações com a Prisa para adquirir 30% do grupo que detém a TVI. “Recebemos uma firme manifestação de interesse por parte de Miguel Pais do Amaral, antigo accionista da referência da Media Capital”, revelou na altura o grupo empresarial espanhol em comunicado. Em declarações ao i, Pais do Amaral chegou mesmo admitir que a sua participação “andava à volta dos 30%”.
Na altura, o empresário não quis avançar com os valores que estavam envolvidos no seu regresso ao grupo que detém a TVI, mas Pais do Amaral justificava o interesse na operação com o facto de “conhecer bem a Media Capital, que é um grupo cujos negócios estão a correr bem”. “Dou-me bem com os accionistas e fui convidado a investir”, afirmava.
