Uma quinta pessoa foi detida no âmbito do caso Megaupload, confirmou uma fonte do Departamento de Justiça dos EUA à agência de notícias americana Associated Press (AP).
Segundo a mesma fonte, a polícia holandesa prendeu Andrus Nomm, de 32 anos, natural da Estónia.
Depois do fundador do portal, o alemão Kim Schmitz, e de mais três funcionários da empresa, Finn Batato, de 38 anos, chefe técnico do portal de armazenamento e descarga de arquivos, Mathias Ortman, de 40 anos, co-fundador e o holandês, Bram Van Del Kolk, de 29 anos, serem detidos na passada sexta-feira em Auckland, na sequência de uma operação coordenada pelo FBI (“Departamento Federal de Investigação”, em português), sobe assim para cinco o número de detidos no caso Megaulpload.
Schmitz, fundador do portal e mais conhecido por Kim Dotcom, vai continuar detido, depois de um tribunal da Nova Zelândia lhe ter recusado ontem o pedido de libertação sob fiança por entender que há risco “real” e “significativo” de fuga do país. Segundo o juiz David McNaughton, existe uma grande probabilidade do informático conseguir dinheiro ou outros meios para fugir para a Alemanha, de forma a evitar a extradição para os EUA. Sendo assim, Kim Dotcom permanecerá sob prisão preventiva até ao próximo dia 22 de Fevereiro, altura em que está marcada uma audiência sobre o pedido de extradição reivindicado por Washington.
Julgamento pode durar anos
O processo judicial contra Schmitz por alegada pirataria informática pode durar anos, defende Rick Shera. O jurista da empresa Lowndes Jordan disse à rádio “Nova Zelândia” que se trata “do primeiro caso de extradição por violação dos direitos de autor na Nova Zelândia” e, para além disso, trata-se de um complexo processo “muito raro no resto do mundo”. Rick Shera considera que para o alemão ser extraditado para os EUA a procuradoria-geral neozelandesa deverá provar que os crimes que lhe são imputados também constituem delitos punidos no país com penas superiores a 12 anos de prisão. Se a justiça neozelandesa aprovar a extradição, os acusados serão então julgados nos EUA pela suspeita de crime organizado, branqueamento de capitais e violação da lei de direitos de propriedade intelectual, delitos pelos quais podem ser condenados a uma pena máxima de 50 anos de prisão. Sendo assim, o jurista antecipa que caso a extraditação se efectue, o processo judicial nos EUA “durará anos”.