Lisboa, 16 nov (Lusa) — As empresas que investem em países considerados corruptos têm maior probabilidade de estabelecer filiais em paraísos fiscais, concluiu um estudo feito por dois economistas da Universidade Goethe, de Frankfurt, recentemente publicado.
O estudo “Uma Viagem de um Porto de Corrupção para um Paraíso Fiscal” [“A Journey from a Corruption Port to a Tax Haven”], publicado pelo CESifo, um instituto alemão de investigação económica, apurou que “a presença de uma empresa num país corrupto tem um efeito positivo na probabilidade de [a empresa] ter uma filial num paraíso fiscal”.
Os economistas Shafik Hebous e Vilen Lipatov desenvolveram um modelo teórico que relaciona o investimento das empresas em países corruptos com a sua procura de operações em paraísos fiscais, como forma de escapar aos subornos e às expropriações a que estão sujeitos nos países com altos níveis de corrupção.