Euro/Crise: É preciso unificação política para evitar mais crises de dívida – Paul De Grauwe


Lisboa, 11 out (Lusa) — O Banco Central Europeu (BCE) deve ser o credor de última instância no mercado de dívida pública da Zona Euro, mas isso é insuficiente para evitar crises, sendo precisa ma


Lisboa, 11 out (Lusa) — O Banco Central Europeu (BCE) deve ser o credor de última instância no mercado de dívida pública da Zona Euro, mas isso é insuficiente para evitar crises, sendo precisa mais unificação política, defende o economista Paul De Grauwe.


“Para a governação da Zona Euro é necessário que o BCE se assuma como credor de última instância no mercado de dívida soberana, mas isso não é suficiente. Para prevenir crises na Zona Euro, serão necessários passos significativos no sentido da unificação política”, escreve o economista belga, num artigo recentemente divulgado pelo CESifo, um centro de investigação económica.


No artigo ‘The European Central Bank: Lender of Last Resort in the Government Bond Markets?’, De Grauwe reconhece que “foram dados passos nessa direção quando o Conselho Europeu decidiu reforçar o controlo nos processos orçamentais nacionais e nas políticas macroeconómicas dos países”. No entanto, considera, essas decisões “são insuficientes e são precisas mudanças mais fundamentais no governo da Zona Euro”.