O Simplex Mais foi apresentado a semana passada e já começou a ter os seus efeitos nas Lojas do Cidadão, com a direção da Agência para a Modernização Administrativa a fazer uma avaliação instantânea da qualidade do atendimento. Mas a iniciativba mereceu ontem uma reaão dura do sindicato que emitiou um comunicado duro para a AMA.
De acordo com o sindicato, “com a desculpa de querer “avaliar automaticamente a qualidade dos serviços prestados, pelas entidades públicas”, a direção da Agência para a Modernização Administrativa, I.P. (AMA), mandou instalar aparelhos que avaliam o atendimento através de “smiles”.
Em tom irónico, a federação dos sindicatos da função pública adianta que “do sorriso simpático ao antipático, os utentes podem descarregar as fúrias ou simpatias, premindo um botão de forma automática.
Por outro lado, adianta a federação,”a AMA, entidade gestora das Lojas do Cidadão, instalou os pequenos dispositivos electrónicos sem qualquer aviso prévio aos trabalhadores, nem explicações do seu objetivo.A finalidade de avaliar o atendimento presencial, é avisado logo de início para que o utente “avalie o serviço prestado”, mas ninguém sabe onde vai parar a produção de relatórios e estatísticas, nem para que fins irão ser aplicados os resultados”,.
O expediente está a ser utilizado nos balcões dos serviços instalados nas Lojas do Cidadão e enquanto novo sistema de avaliação do desempenho vai muito para além de todos os que estão em vigor: SIADAP e Livro de Reclamações, acusa a federação.
Para a estrutura sindical, “indo para além dos mecanismos de avaliação dos serviços até aqui utilizados, o novo expediente tem um grau de subjetividade muito elevado e um leque de escolhas que poderá enviezar por completo o sentido da avaliação. Por outro lado, desconhece-se em absoluto a incidência dos resultados desta avaliação na avaliação a fazer aos trabalhadores dos balcões onde o mecanismo está instalado, pelos dirigentes respetivos”.
Deste modo, “a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais irá defender junto da Agência Para a Modernização Administrativa, IP que, até ao esclarecimento destas questões, a utilização deste “método”de avaliação seja suspenso, sob pena de estarmos perante uma forma de pressão sobre os trabalhadores que, de todo, repudiamos”.
