Privatizar a escola pública é acabar com a mediocridade


A escola pública cria seres humanos moles que, quando chegarem ao mercado de trabalho, vão acabar por ser despedidos repetidamente por jovens que estudaram em colégios


Não há como contornar o assunto: tenho de voltar a defender essa minoria que são os colégios privados e o abate de que estão a ser alvo pelos snipers orçamentais da esquerda. O benefício explícito que está a ser dado ao moribundo ensino público, em detrimento do viçoso ensino privado, é um escândalo e um retrocesso histórico só comparável ao engodo constitucional que este governo utilizou para usurpar o poder aos vencedores das últimas eleições.

É também uma inutilidade. Se tivermos dois cães de corrida – um que fica sempre em último, porque é gordo e incapaz de correr apropriadamente, e um que fica sempre em primeiro porque é de um pedigree superior –, não é por cortarmos na ração do que nos permite vencer, em função do preguiçoso, que este vai passar a ganhar. Ou melhor, se calhar até vence, mas não porque se tornou melhor; o outro é que faleceu, e o preguiçoso, agora ainda mais gordo pela ração extra, transforma as corridas em marchas lentas, porque já não precisa de se preocupar com questões de concorrência e competitividade. 

Beneficiar o ensino público e deixar definhar o ensino privado é uma medida populista que só agrada às pessoas que querem prolongar a mediocridade do ensino público. Porque estrangular o ensino privado é não querer vencer; é privar o país do sucesso; é, em último caso, privar Portugal de ter um futuro com pessoas competentes.

É do senso comum que o ensino privado é melhor do que o público. A lógica e os rankings assim o comprovam. O público são as amostras grátis que nos oferecem no supermercado. Essas amostras servem apenas para nos aliciar a comprar o pacote. Ora, o pacote, nesta metáfora, é o privado. Ninguém pode querer viver de amostras, sob pena de levar à bancarrota os produtores de pacotes. O que a esquerda está a fazer é a ir aos pacotes dos privados. Ademais, não querer apoiar o privado é não querer estar ligado ao sucesso. Li num estudo, intitulado “10 factos que atestam a superioridade dos colégios privados”, publicado no site de um colégio, que a percentagem de pessoas que prossegue estudos superiores no privado é muito superior à do público. Investir no privado é investir nos futuros quadros de Portugal; investir no público é mandar dinheiro ao lixo porque é dar dinheiro a futuros subsidiodependentes que não terminam os estudos e acabam, mais tarde, a fazer formações de equivalências no IEFP, esse antro de pedagogia autista.

Muitas pessoas ficaram indignadas por eu ter afirmado na minha última crónica que um pai que coloca um filho numa escola pública está a destruir-lhe a vida. Fui mal interpretado. Às vezes esqueço-me que os meus textos são lidos por toda a gente, até por pessoas que estudaram na escola pública, onde, por causa do facilitismo vigente, as pessoas não adquirem o mínimo de competências básicas de interpretação de textos, não conseguindo alcançar a profundidade das minhas ideias. Até podia pedir desculpa, mas como não tenho culpa do facilitismo que se pratica nas escolas públicas, não peço.

A escola pública espelha a visão que a esquerda tem das crianças. Na direita queremos que as crianças estejam preparadas para a realidade, que aprendam a sério e que saibam que, apesar do amor dos seus pais, vivemos num mundo quantitativo em que elas valem números: os números que produzem. As crianças são o melhor do mundo, mas também são parte do mercado. A esquerda defende o facilitismo e quer transformar as crianças nuns bananas que fumam ganza, fazem malabarismo nos semáforos e investigações antropológicas que consistem em passar tardes inteiras em cafés a conversar com alcoólicos.

Em pouco tempo vamos ver a esquerda a defender que se deem notas em emojis para não ferir os sentimentos das crianças:

“Tive arco-íris a Português, texugo a Matemática, asiático de óculos a História e vampiro na sanita a Educação Física.” 
A escola pública cria seres humanos moles que, quando chegarem ao mercado de trabalho, vão acabar por ser despedidos repetidamente por jovens que estudaram em colégios.

O melhor comentador da atualidade


Privatizar a escola pública é acabar com a mediocridade


A escola pública cria seres humanos moles que, quando chegarem ao mercado de trabalho, vão acabar por ser despedidos repetidamente por jovens que estudaram em colégios


Não há como contornar o assunto: tenho de voltar a defender essa minoria que são os colégios privados e o abate de que estão a ser alvo pelos snipers orçamentais da esquerda. O benefício explícito que está a ser dado ao moribundo ensino público, em detrimento do viçoso ensino privado, é um escândalo e um retrocesso histórico só comparável ao engodo constitucional que este governo utilizou para usurpar o poder aos vencedores das últimas eleições.

É também uma inutilidade. Se tivermos dois cães de corrida – um que fica sempre em último, porque é gordo e incapaz de correr apropriadamente, e um que fica sempre em primeiro porque é de um pedigree superior –, não é por cortarmos na ração do que nos permite vencer, em função do preguiçoso, que este vai passar a ganhar. Ou melhor, se calhar até vence, mas não porque se tornou melhor; o outro é que faleceu, e o preguiçoso, agora ainda mais gordo pela ração extra, transforma as corridas em marchas lentas, porque já não precisa de se preocupar com questões de concorrência e competitividade. 

Beneficiar o ensino público e deixar definhar o ensino privado é uma medida populista que só agrada às pessoas que querem prolongar a mediocridade do ensino público. Porque estrangular o ensino privado é não querer vencer; é privar o país do sucesso; é, em último caso, privar Portugal de ter um futuro com pessoas competentes.

É do senso comum que o ensino privado é melhor do que o público. A lógica e os rankings assim o comprovam. O público são as amostras grátis que nos oferecem no supermercado. Essas amostras servem apenas para nos aliciar a comprar o pacote. Ora, o pacote, nesta metáfora, é o privado. Ninguém pode querer viver de amostras, sob pena de levar à bancarrota os produtores de pacotes. O que a esquerda está a fazer é a ir aos pacotes dos privados. Ademais, não querer apoiar o privado é não querer estar ligado ao sucesso. Li num estudo, intitulado “10 factos que atestam a superioridade dos colégios privados”, publicado no site de um colégio, que a percentagem de pessoas que prossegue estudos superiores no privado é muito superior à do público. Investir no privado é investir nos futuros quadros de Portugal; investir no público é mandar dinheiro ao lixo porque é dar dinheiro a futuros subsidiodependentes que não terminam os estudos e acabam, mais tarde, a fazer formações de equivalências no IEFP, esse antro de pedagogia autista.

Muitas pessoas ficaram indignadas por eu ter afirmado na minha última crónica que um pai que coloca um filho numa escola pública está a destruir-lhe a vida. Fui mal interpretado. Às vezes esqueço-me que os meus textos são lidos por toda a gente, até por pessoas que estudaram na escola pública, onde, por causa do facilitismo vigente, as pessoas não adquirem o mínimo de competências básicas de interpretação de textos, não conseguindo alcançar a profundidade das minhas ideias. Até podia pedir desculpa, mas como não tenho culpa do facilitismo que se pratica nas escolas públicas, não peço.

A escola pública espelha a visão que a esquerda tem das crianças. Na direita queremos que as crianças estejam preparadas para a realidade, que aprendam a sério e que saibam que, apesar do amor dos seus pais, vivemos num mundo quantitativo em que elas valem números: os números que produzem. As crianças são o melhor do mundo, mas também são parte do mercado. A esquerda defende o facilitismo e quer transformar as crianças nuns bananas que fumam ganza, fazem malabarismo nos semáforos e investigações antropológicas que consistem em passar tardes inteiras em cafés a conversar com alcoólicos.

Em pouco tempo vamos ver a esquerda a defender que se deem notas em emojis para não ferir os sentimentos das crianças:

“Tive arco-íris a Português, texugo a Matemática, asiático de óculos a História e vampiro na sanita a Educação Física.” 
A escola pública cria seres humanos moles que, quando chegarem ao mercado de trabalho, vão acabar por ser despedidos repetidamente por jovens que estudaram em colégios.

O melhor comentador da atualidade