A utopia do mundo sem fronteiras da comunicação de massas e das redes sociais, esse em que estaríamos todos ligados, encerra uma maldição. O que antes parecia um espaço de liberdade, aberto à descoberta do outro, tem-se revelado um lugar claustrofóbico em que cada utilizador, como um Narciso, se sente atraído para uma ficção de espelhos, um labirinto feito para nos reter. Prisioneiros nesta colónia virtual, tornamo-nos sujeitos à manipulação e, hoje, são as fundações das nossas sociedades que começam a ceder, à medida que cada um escolhe os factos
que lhe interessam.