
As corridas às estruturas locais dos dois maiores partidos estão ao rubro, porque são os novos dirigentes que terão uma voz ativa na escolha dos candidatos às autárquicas de 2025. E as inelegibilidades ajudam à ‘festa’.
Eduardo Vítor Rodrigues atingiu o limite de (três) mandatos e não vai poder recandidatar-se à presidência da Câmara de Gaia nas eleições autárquicas de 2025. O até há bem pouco tempo vice-presidente da Câmara, Patrocínio Azevedo, apanhado nas malhas da Operação Babel – ficando em prisão preventiva e tendo renunciado ao mandato –, está fora de causa e os nomes de quem mais se fala como eventuais candidatos pelo PS passaram a ser os do secretário de Estado do Desporto, João Paulo Correia, e o presidente do conselho de administração das Águas de Gaia, Miguel Lemos – filho do histórico socialista José Lemos, com quem António Costa terá passado as férias de verão em Ibiza.
O Nascer do SOL apurou que Eduardo Vítor Rodrigues apoia a candidatura do secretário de Estado de Ana Catarina Mendes, ao lado do qual esteve, aliás, esta semana, numa conferência dedicada ao Pacote Mais Habitação, com a ministra Marina Gonçalves. João Paulo Correia foi um dos oradores convidados, a par da ministra da Habitação e do presidente da Câmara de Gaia.
Penafiel: presidentes disputam concelhia do PSD
O caso de Gaia é apenas um dos vários exemplos das movimentações que se multiplicam de norte a sul do país e que estão a agitar as hostes locais (concelhias e distritais) dos dois maiores partidos.
Em Penafiel, por exemplo, disputam-se este sábado as eleições para a concelhia sociais-democratas, com uma guerra de ‘presidentes’. De um lado, está o atual presidente da Câmara, Antonino Sousa, que não pode recandidatar-se e quer passar a Câmara ao seu atual número dois e vice-presidente da autarquia, Pedro Cepeda. Do outro, está o antecessor de Antonino na presidência da Câmara, Alberto Santos, que quer voltar a concorrer ao cargo nas próximas eleições autárquicas.
Entretanto, no PS, o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, que anunciou em entrevista ao Nascer do SOL a sua candidatura à federação distrital de Lisboa, deverá mesmo suceder a Duarte Cordeiro à frente da FAUL. Ricardo Leão colhe a esmagadora maioria dos apoios dos militantes socialistas, devendo apresentar-se na corrida com lista única ou, na pior das hipóteses, contar com a oposição marginal do grupo de seguidores de Daniel Adrião.